A ida do senador Ciro Nogueira (PP-PI) para a Casa Civil, confirmada pelo líder do governo no Senado, abre espaço para a suplência que será assumida por ninguém menos que a mãe do parlamentar, Eliane Nogueira. Ela não tem experiência em cargos públicos, mas já ocupou o noticiário político. Em 2019, Eliane pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que devolvesse quantias apreendidas pela Polícia Federal em fevereiro daquele ano como parte da “Operação Compensação”.
À época, os policiais levaram cerca de 11 mil euros e 9 mil dólares da casa de Eliane, como parte de uma investigação que apurava possível propina da JBS recebida por Ciro, que é presidente nacional do Progressistas. O objetivo era o apoio do partido à campanha de Dilma Rousseff, do PT, nas eleições de 2014.
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O pedido foi analisado no final de 2019. Em sua análise, a ministra Rosa Weber impediu o retorno do dinheiro à família Nogueira, por considerar que ainda existiam “dúvidas razoáveis sobre a licitude da origem da quantia apreendida, bem como diante da possibilidade de ser decretada futuramente a perda dos recursos em favor da União”. A decisão foi mantida pela 1ª Turma, em março de 2020, por unanimidade de votos na turma.
Primeira suplente de Ciro, Eliane Nogueira também é filiada ao PP.
Segundo suplente tem 74 anos
A segunda suplência da vaga de Ciro Nogueira ao Senado é do prefeito da cidade de Picos (PI), Gil Marques de Medeiros – conhecido como Gil Paraibano. Aos 74 anos, Gil foi eleito em 2020 pelo mesmo Progressistas de Ciro e Eliane Nogueira.
Gil, que já havia sido eleito para dois mandatos consecutivos à frente da cidade (em 2004 e 2008), declarou em 2020 um patrimônio de R$ 3,7 milhões. Na sua maior parte, Gil apresentou como propriedades suas uma série de lotes em Picos, além de quase R$1 milhão guardados em cofres, e outros R$ 945 mil para aquisição de novos imóveis. Gil também apresentou participação de R$ 1,3 milhão em uma empresa de veículos.
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