O ex-senador Luiz Estevão pode ter doado um imóvel ao seu carcereiro na penitenciária da Papuda, onde está detido, para obter benefícios.
A suspeita foi registrada na decisão da Vara de Execuções Penais de Brasília que transferiu o ex-parlamentar à ala de segurança máxima do presídio, esta semana, após indícios de que ele teria conseguido regalias na prisão. O ex-ministro Geddes Vieira Lima também foi transferido pelo mesmo motivo.
Em uma operação em junho, foram encontrados pendrives e chocolates em sua cela. Os dispositivos eletrônicos foram jogados por ele na privada.
O despacho aborda uma denúncia anônima “contendo graves afirmações no sentido de que Luiz Estevão teria corrompido alguns dos agentes lotados no CDP com intuito de receber privilégios durante o cumprimento de sua pena”. A corrupção envolveria, ainda de acordo com o documento, a doação do imóvel a um dos funcionários do complexo penitenciário.
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Segundo O Estado de S. Paulo, Estevão está sendo investigado pelos fatos narrados na denúncia anônima. O inquérito ainda está aberto, mas já haveriam “indícios mínimos” de que a doação de fato ocorreu.
Estevão cumpre pena de 28 anos de prisão por sonegação fiscal, fraudes e desvios nas obras do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo.
Geddel está preso em Brasília desde setembro do ano passado. Ele é acusado de receber propina e de guardar cerca de R$ 51 milhões em um imóvel em Salvador.
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