O ministro da Educação, Abraham Weintraub, foi à Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (11) para esclarecer a declaração em que disse haver plantações de maconha nas universidades brasileiras. Na ocasião, ele apresentou um material que disse ter colhido na internet, inclusive reportagens veiculadas em 2008, para reafirmar que há plantação e produção de drogas nos campi das universidades federais. E usou essas matérias para defender a entrada da Polícia Militar nos campi.
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Weintraub argumentou que, como hoje a Polícia Militar não é permitida a entrar nos campi das universidades federais, estudantes e criminosos se sentem seguros para produzir drogas nesses espaços. “As drogas estão amplamente difundidas no Brasil e a estatística na universidade é o dobro. Metade usa droga nas universidades. E por isso plantam maconha. A demanda é tão grande e tão natural que eles plantam maconha. E se sentem seguros, já que a polícia não entra”, defendeu Weintraub, dizendo que “as plantações de maconha são reflexo de um consumo desenfreado de drogas nas universidades”.
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Ele ainda alegou que, por conta dessa restrição de policiamento, os campi das universidades federais podem até servir de “abrigo para os bandidos”. “A PM faz o que pode. Esta à disposição. A PM luta e enxuga gelo nessa guerra do tráfico. Corre risco todo dia. Quando o PM sai na rua fardado, o bandido sabe que é PM. Mas a MP não sabe quem é bandido. E nas universidades eles encontram refúgio, já que a PM não pode entrar no campi”, disse o ministro da Educação.
Apesar de ser defensor das escolas cívico-militares, Abraham Weintraub garantiu que a ideia de permitir a entrada da PM nas universidades não tem viés ideológico. “Eu sou a favor da autonomia universitária para questões de ensino. Pode ensinar o que quiser, pode falar de Karl Marx. Não tem problema! Agora a PM tem que entrar no campi”, defendeu o ministro, dizendo que as universidades brasileiras “estão pedindo socorro” por conta da “epidemia das drogas”.
Weintraub disse ainda que não se importa se alguém usa drogas em casa, mas afirmou que, como ministro da Educação, não pode permitir que isso aconteça nas universidades porque esse não é o ambiente que ele quer para os seus filhos nem para os filhos dos outros. “Estou aqui lutando para isso para que o dinheiro do pagador de imposto vá para um ensino seguro. Para que os nossos filhos e a próxima geração consiga ler e escrever, para que não sejam doutrinados, manipulados e não dependem de maconha, cocaína e metanfetamina”, argumentou.
Os argumentos de Weintraub foram contestados várias vezes pelos deputados de oposição, que apresentaram e aprovaram o requerimento de convocação que levou o ministro à Comissão de Educação da Câmara nesta quarta. Muitos deputados chegaram até a classificar como mentiroso o material apresentado pelo ministro. A audiência pública realizada na Comissão de Educação, portanto, também contou com muitas farpas e bate-boca entre oposição e posição. Veja como foi o debate:
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Só bandidos e safados querem a polícia fora das universidades!
Fatia de universidades públicas com nota máxima é 4 vezes a de particulares, Ana Carla Bermúdez, Uol, 12 de dezembro de 2019… Isto não foi construído pelo governo Bolsonaro… Trabalho de gerações, vidas inteiras ligadas à pesquisa, ao ensino…
Se produção e consumo de drogas é comum nas universidades públicas estatais, como afirma o ministro, então qual a relação entre drogas e violência? No “andar de cima” sempre houve drogas… Se há drogas, também há traficantes, como em favelas e outras áreas abandonadas pelo Estado há muito tempo (em termos de outras políticas públicas que não sejam de repressão)… Por que nas favelas, então, vemos tantas ações de corporações armadas do Estado? Por que traficantes se armam para defender territórios abandonados pelo Estado? Tudo é explicado pela guerra entre traficantes? Em alguns espaços há drogas, mas não violência… noutros há drogas e violência… A relação entre drogas e violência é necessária? Será que o Estado vai às favelas por outros motivos? Tem algo de muito errado nisso tudo…
“Militar de voo presidencial brasileiro é preso com 39kg de droga na Espanha. O episódio, que criou desconforto no Palácio do Planalto, levou o governo a mudar a escala de Bolsonaro de Sevilha para Lisboa”, Beatriz Roscoe, Correio Braziliense, 26 de junho de 2019… Uma prova de que ações do ministro são deletérias para o próprio governo… Guerra de citações de manchetes nunca foi política pública… O ministro não propõe desafios para a universidade pública, ele a ataca… Ele não gera discussões importantes para o país… Mas o dinheiro dos impostos vai sendo consumido… Talvez já esteja caindo, então, o desequilíbrio… Daí vem outro, começa tudo de novo, troca de equipe… O que precisa de explicação mesmo… “Um jabuti gigante olhando para Bolsonaro. Licitação de R$ 3 bi da Educação foi cancelada por irregularidades”, Elio Gaspari, Folha/Uol, 08 de dezembro de 2019… Mais Brasil, menos Brasília… Mas as políticas, as compras… tudo continua em Brasília… Verdadeiros comunistas! Não são os comunistas! que têm planejamento centralizado?
“É como se fosse legalizado”: o uso de drogas nas universidades do Sudeste – (Gazeta do Povo – 13/07/2018)
Em universidades do Rio, de São Paulo e Minas, as substâncias ilícitas consumidas vão além da maconha”.
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG vira boca de fumo – (Estado de Minas – 27/03/2015)
Venda e consumo de cocaína, maconha, LSD e outras drogas ocorrem livremente no Diretório Acadêmico da Fafich, sem qualquer repressão.
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Sinceramente? Não sei, mesmo, o que falta para tirar esse cara deste ministério. Alô STF, alô MPF, alô Congresso brasileiro, alô população. Vamos todos fazer uma grande corrente pra frente.
Abraham Weintraub deveria defender com muita veemência era um Plano de Educação para o Brasil.
Quase um ano de governo, até hoje o Ministério da Educação está acéfalo!
Qual PM? A mesma das milícias? Calem essa criatura do mal, todo santo dia aparece com mais insanidades. Credo. Não tem mesmo medo do ridículo. Mas isso é só pra distrair. Na certa, por baixo dos panos, estão engendrando mais maldades e executando! Qdo a gente fica sabendo, já foi tudo feito e ferraram mais um tanto de pessoas. Xô satanás!
Faculdade é pra estudar e não pra balburdias !!!!!!!!!!!!! O governo tem que editar norma urgente para construir postos da PM definitivas dentro das universidades!!! yesssssss
Mas…………..sem duvida que tem que entrar !!!!!!!!! demorô !!!!!!!!!!
A universidade pública, há anos, está cada vez mais aberta a população de baixa renda, a negros, LGBTs… sem que isso represente exclusão de quem teve melhores condições de vida… São políticas de governos de diferentes partidos, do nível federal ao municipal… que são acompanhadas, para verificação de resultados… Um esforço, de décadas, gerações, que é coletivo… Talvez daí venha tanto ódio… preferem que seja para alguns… Basta comparar a produção científica da universidade pública estatal com a de qualquer outra universidade… Com honrosas exceções no setor privado (principalmente as PUCs), a maior parte da produção científica vem da universidade pública… Quem tem familiares estudando em universidades públicas estatais pode muito bem avaliar as declarações do ministro… A quem esses ataques beneficiam? É deprimente ler, toda manhã, declarações de Weintraub, Damares Alves… Agem como se não fosse chegar o dia em que não estarão no poder… Um governo que aposta no conflito destrutivo, na divisão…
Aberta também a bandidos e pilantras por isso precisa abrir para a polícia para a segurança das pessoas honestas.
“A oposição, especialmente o PSDB e o DEM, ajudou a tocar fogo no país e alimentou o rancor de parcela da população contra o PT. Com irresponsabilidade fiscal, votou no Congresso contrariando o que defendia quando estava no poder. Alguns também estão sob suspeita de corrupção e agora correm o risco de serem tragados pela demonização da política que ajudaram a cultivar./ “Em resumo, com raras exceções, a classe política já não se contenta em empurrar o Brasil para o buraco. Quer esfaqueá-lo para ter certeza de que ele vai morrer antes de se esborrachar no chão. Assim, o país que trilhava o caminho civilizatório, vai pegando um atalho rumo à barbárie.” … O jornalista Kennedy Alencar escreveu, em pleno processo de impeachment… Continuam a brincar com o país, não aprenderam nada com os erros daqueles que os levaram ao poder, que ocupam agora… Pessoas movidas por ódio e desequilíbrio… Não é isso que o país merece… O trecho citado: “Estapafúrdia tese de nova eleição fora do calendário”, por Kennedy Alencar, Jornal GGN, 05 de abril de 2016…