A ex-secretária especial de Cultura do governo de Jair Bolsonaro, a atriz Regina Duarte, segue ignorando a tragédia registrada na última quinta-feira (29, quando a Cinemateca Brasileira foi atingida por um incêndio. Desde então, ela segue postando normalmente em suas redes sociais, ignorando os comentários com críticas e questionamentos sobre o episódio.
A atriz comandou a pasta por pouco mais de dois meses, de março a maio do ano passado, sem deixar qualquer legado, na avaliação de um ex-ministro da Cultura. Porém, quando anunciou a decisão sair da secretaria, ela e Bolsonaro divulgaram vídeo no qual o presidente disse que ela iria assumir o comando da Cinemateca. Porém, isso não se confirmou, e o cargo sequer existia.
A Cinemateca Brasileira é uma instituição sob responsabilidade do governo federal e abriga o maior acervo da América do Sul, com cerca de 250 mil rolos de filmes e mais de um milhão de documentos relacionados ao cinema, como fotos, roteiros, cartazes e livros, entre outros. Ainda não se sabe quanto do acervo foi perdido no incêndio.
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Desde o início do governo Bolsonaro, a Secretaria de Cultura já passou por uma série de crises e trocas de comando. Desde a saída de Regina Duarte, a pasta é comandada pelo também ator Mário Frias.
Ao dizer que pediu a investigação das causas do incêndio, o secretário seguiu a estratégia bolsonarista de fugir das responsabilidades da atual gestão e apenas culpar os governos anteriores pelas condições precárias e de abandono na qual a Cinemateca se encontra.
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