A ministra da Saúde, Nísia Trindade, descartou nesta terça-feira (16) deixar seu cargo por vontade própria. A declaração se dá em um contexto no qual a ministra é alvo de ataques do Centrão e de setores do PT.
Nísia compareceu à Comissão de Assuntos Sociais do Senado. No colegiado, teve apoio de governistas e ouviu elogios do grupo. Integrantes da oposição, no entanto, criticaram o trabalho da ministra. A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) disse que Nísia poderia estar sendo “sabotada” dentro do ministério por ações que ela vê como erro.
“A senhora está sendo sabotada dentro do ministério? A senhora tem controle realmente de tudo que está acontecendo ali, ministra? A senhora está confortável em continuar nesse cargo? A senhora é muito boa, não termina sua história na condução dessa pasta se não estiver se sentindo confortável”, disse Damares.
A ministra respondeu descartando qualquer possibilidade de pedir para sair de seu cargo.
“Eu digo que eu me sinto honrada por ocupar esse ministério. Não há nenhuma hipótese de eu desistir desse trabalho. Quem é responsável pela minha nomeação é o presidente da República, o presidente Lula, que me convidou”, disse Nísia. “E sempre que estiver nessa posição, estarei trabalhando pela posição maior do ministério que é a defesa do SUS, é a defesa dos cidadãos brasileiros, das suas saúdes, das suas famílias, com qualidade de vida”.
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No início da audiência, o presidente da comissão e ex-ministro da Saúde durante o governo Lula, Humberto Costa (PT-PE), defendeu Nísia. Segundo ele, os técnicos e especialistas em saúde tem um “apoio integral e incondicional” à ministra e à sua gestão da área.
Nísia já se queixou das pressões que sofre como ministra da Saúde. Em março, a ministra chegou a se emocionar ao falar sobre a situação. Na ocasião, o presidente Lula (PT) cobrou melhor comunicação e resultados, mas também descartou retirá-la do cargo.
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