O ministro da Economia, Paulo Guedes, insistiu que o atual sistema previdenciário “está condenado”, mas reconheceu nesta quarta-feira (3) que caberá ao Congresso definir os pontos que permanecerão na reforma da Previdência. Em audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados, ele admitiu que pontos polêmicos da reforma, como as mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC), dificilmente serão mantidos.
Aos parlamentares da CCJ, Guedes anunciou também que o governo Bolsonaro encaminhará outras reformas na área econômica, após a tramitação da questão previdenciária. O ministro citou reforma tributária e disse que atacará “os subsídios e as renúncias fiscais”. O ministro disse ainda que poderá ser discutido o “imposto sobre riqueza”.
Guedes comparou o sistema de repartição simples – em vigor hoje e no qual os trabalhadores pagam os benefícios dos aposentados –, a um avião sem combustível que se dirige para alto-mar. Ele disse ser apenas um equacionador que elaborou uma proposta. “Cabe ao Congresso decidir se colocaremos nossos filhos e netos nesse avião”, afirmou.
O ministro iniciou sua participação na audiência pública defendendo a criação de um sistema de capitalização individual, para que no futuro cada trabalhador tenha uma conta para depositar suas contribuições para aposentadoria. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que acompanhou o ministro em parte do debate, avaliou ontem que esse item dificilmente será aprovado.
Pela manhã, ao embarcar em Israel de volta ao Brasil, o presidente da República, Jair Bolsonaro, havia comentado as resistências à reforma da Previdência. “O Parlamento é soberano para fazer polimentos e tirar alguma coisa”, disse. “Nós gostaríamos que não tivesse mudanças, mas não existe projeto sem mudança”, acrescentou Bolsonaro, segundo a Agência Brasil. “A boa Previdência é a que passa.”
Desconstitucionalização
A PEC 6/19 pretende reformar as aposentadorias dos trabalhadores do setor privado e dos servidores públicos de todos os Poderes e de todos os entes federados (União, estados e municípios). A idade mínima será de 65 anos para os homens e 62 para as mulheres, considerando ainda o tempo de contribuição. Haverá regras de transição para os atuais contribuintes.
O texto retira da Constituição vários dispositivos que hoje regem a Previdência Social, transferindo a regulamentação para lei complementar. O objetivo, diz o governo, é conter a diferença entre o que é arrecado pelo sistema e o montante usado para pagar os benefícios. Em 2018, o deficit previdenciário total – setores privado e público mais militares – foi de R$ 266 bilhões.
No debate com Paulo Guedes, a “desconstitucionalização” foi criticada por vários integrantes da CCJ, sob o argumento de que fere cláusulas pétreas da Constituição, que prevê um sistema solidário com contribuições de trabalhadores, empregadores e governo. Como nas demais questões, o ministro realçou que cabe aos deputados decidir se mantém ou não a medida.
Indicado pelo presidente da CCJ, deputado Felipe Francischini (PSL-PR), o relator da reforma da Previdência, deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), reiterou que apresentará o parecer na próxima terça-feira, dia 9. Ele disse que o relatório enfrentará todas as questões levantadas pelos integrantes do colegiado na audiência pública com o ministro da Economia.
Bate-boca
Em vários momentos da audiência pública na CCJ, Paulo Guedes discutiu com integrantes da comissão. Os questionamentos de parlamentares que se opõem à reforma da Previdência incomodaram, e o ministro procurou reagir prontamente. Mas também se desculpou em algumas oportunidades: “Sou muito respeitoso, mas não tenho familiaridade com esse tipo de ambiente”.
Ao ser questionado por parlamentares sobre eventuais alternativas à reforma da Previdência, como reforma tributária, com taxação de grandes fortunas, e fim de subsídios e renúncias fiscais, Guedes foi duro. “Escutei todo mundo e agora é a minha vez de falar”, afirmou. “Este governo tem só três meses, vocês estão há 18 anos no poder, por que não votaram essas mudanças?”
Ao responder sobre eventuais favorecimentos na proposta de reforma do sistema de proteção social dos militares (PL 1645/19), que é acompanhada de uma reestruturação de carreiras e impacto fiscal líquido de R$ 10,45 bilhões, Guedes desafiou os parlamentares a mudar o texto. “Cortem vocês”, disse. “Têm medo de fazer isso?”
O clima esquentou quando Zeca Dirceu (PT-PR) dirigiu uma crítica ao ministro. Segundo o petista, Paulo Guedes é “tigrão” contra os idosos, “portadores de necessidades”, agricultores e professores, mas é uma “tchutchuca” (sic) “quando mexe com a turma mais privilegiada do nosso país”. Diante do insulto, Paulo Guedes reagiu: “Olha, desrespeito não. Eu não vim aqui pra ser desrespeitado não. Você não falte com respeito comigo não. Tchutchuca é a mãe, é a avó!”, disparou.
Diante do bate boca, deputados alegaram quebra de decoro do deputado petista. O presidente da comissão tentou acalmar os ânimos e pediu para que os parlamentares retirassem suas palavras. Sem acordo, a sessão foi encerrada e os microfones foram desligados, enquanto o tumulto prosseguia.
*com informações da Agência Câmara.
MAIS UMA VERGONHA OCORREU NA POLÍTICA BRASILEIRA POR CAUSA DESSES DEPUTADOS CONGRESSISTAS QUE NÃO TÊM COMPROMISSO NENHUM COM O PAÍS.
O ministro Paulo Guedes compareceu à Câmara para explicar as Reforma da Previdência Social que o governo está tentando fazer para resolver o problema do déficit da Previdência Social e outras medidas para mudar os rumos do Brasil para um desenvolvimento e crescimento econômico, mais a Reforma da Previdência é a mais importante, que mexe com as aposentadorias com relação à idade. Só que os deputados não mostraram interesse nenhum, o que eles fizeram foi agredir o ministro Paulo Guedes, como os deputados do PSOL e do PT, eles não deixavam nem o ministro falar. A única coisa que sabiam fazer é criticar o governo do presidente Jair Bolsonaro, por não fazer em três de governo, o que eles não conseguiram fazer em treze anos no poder. Esses esquerdopatas, querendo ou não eles vão ter respeitar o presidente Jair Bolsonaro, até porque quem o colocou na presidência da República, não foi o partido A, B ou C, não quem colocou ele lá, foi o povo que estava cansado de um desgoverno nunca visto no Brasil e o que o povo viu foi só corrupções, falcatruas e desvios de dinheiro público, por isso, eles ter aceitar o governo do presidente Jair Bolsonaro, simplesmente, porque é a vontade do povo e se eles tentarem atrapalhar os projetos de governo do presidente Bolsonaro, que irá beneficiar o povo, sabe quando esses deputados esquerdistas vão conseguir se reeleger, nunca mais. Inclusive já existem vários grupos de olho no Congresso Nacional que é para