O presidente Jair Bolsonaro disse que vai se reunir na próxima segunda-feira (6) com o ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, para tratar do impacto da escalada do conflito entre Estados Unidos e Irã no preço dos combustíveis.
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A declaração foi dada em entrevista coletiva na sexta-feira (3) no Palácio da Alvorada. No entanto, até o fechamento deste texto a agenda pública do presidente continha apenas reuniões com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, e com o secretário de cultura do Ministério do Turismo, Roberto Alvim.
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A Petrobras divulgou um comunicado (íntegra) no qual evita falar sobre a decisão de reajustar o preço dos combustíveis. Em nota divulgada após a escalada no conflito entre Estados Unidos e Irã, a estatal diz que “seguirá acompanhando o mercado e decidirá oportunamente sobre os próximos ajustes nos preços”.
A posição da empresa foi divulgada na sexta-feira (3). No mesmo dia Bolsonaro conversou por telefone com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco.
Publicidade“Ele acha que esse pequeno aumento no combustível de hoje [já existente antes da tensão] não vai perdurar por muito tempo”, relatou Bolsonaro em entrevista ao apresentador do programa Brasil Urgente, da Band, José Datena.
Apesar da declaração de Castello Branco, o presidente da República reforçou declaração dada no Palácio da Alvorada mais cedo na sexta de que o preço pode aumentar se houver um conflito prolongado entre os países. “É claro que se houver conflito prolongado, pela localização geográfica, o mundo vai sofrer”.
Entenda o conflito
Os Estados Unidos confirmaram na sexta-feira a autoria do ataque que matou o chefe da Guarda Revolucionária do Irã, Qassem Solemani, na última quinta-feira (2), o preço do petróleo subiu, manifestações tomaram conta das ruas do Irã e a tensão mundial cresceu.
O presidente iraniano, Hassan Rouhani, afirmou que irá resistir aos Estados Unidos e prometeu vingança.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores não comentou a morte do líder iraniano, mas declarou apoiar os Estados Unidos “na luta contra o flagelo do terrorismo”.
A pasta comandada por Ernesto Araújo também afirmou ser necessário evitar confrontos internacionais: “o Brasil está igualmente pronto a participar de esforços internacionais que contribuam para evitar uma escalada de conflitos neste momento”.
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