Na 63ª violação ao isolamento social, o presidente Jair Bolsonaro participou neste domingo (17) de nova manifestação em defesa de seu governo. Segundo levantamento do UOL, em dois meses – desde que as autoridades de saúde recomendaram que as pessoas evitassem aglomerações como medida para combater a covid-19 –, o presidente esteve em ao menos 62 encontros com aglomerações. Bolsonaro esteve, em média, em uma aglomeração por dia em sua rotina, em Brasília ou em passeios por outras cidades. A maior parte aconteceu no Palácio da Alvorada.
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Em transmissão ao vivo, Bolsonaro disse que não havia, no ato de hoje, faixas com ataque aos outros dois Poderes, a exemplo do que ocorreu em outras manifestações, causando desconforto institucional. “É uma manifestação pura da democracia. Fico muito honrado com isso. Tenho certeza de que movimentos como esse fortalecem o nosso Brasil acima de tudo”, disse Bolsonaro em transmissão ao vivo. A TV Globo, no entanto, registrou imagens de faixas que pediam fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF), além de ataques ao Congresso e pedidos de intervenção militar.
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Neste domingo, apoiadores fizeram carreata e se reuniram na Praça dos Três Poderes, em Brasília, frente ao Palácio do Planalto. No último final de semana, as manifestações contaram com agressões físicas e verbais a repórteres e fotojornalistas.
Dias após a saída de Nelson Teich do Ministério da Saúde, o presidente apareceu na rampa do Palácio com os ministros da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, da Cidadania, Onyx Lorenzoni, da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, da Secretaria-Geral, Jorge Oliveira, do Ministério da Justiça, André Mendonça, e da Agricultura, Tereza Cristina.
Em vídeo transmitido em seu Facebook, Bolsonaro disse que deve lealdade absoluta ao povo brasileiro, que quer “liberdades em todos os sentidos”. “O povo é realmente aquele que nos dará o norte”, disse.
Publicidade“O governo federal tem dado todo o apoio para atender as pessoas que contraíram o vírus. Esperamos brevemente ficar livre dessa questão, para o bem de todos nós. O Brasil, tenho certeza, voltará mais forte de tudo isso. O que mais queremos é resgatar os valores que formam a nossa nacionalidade: respeitar a família, ter uma boa política externa…”, disse ele em vídeo divulgado em seu Facebook.
Assista ao vídeo:
Segundo os últimos dados do Ministério da Saúde, o Brasil passou da marca dos 15 mil óbitos por covid-19. Dados atualizados na noite de sábado (16) indicavam 15.633 mortos pela doença e 233.142 casos confirmados.
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