O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa de audiência pública na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (31). Campos Neto foi convidado pela Comissão de Defesa do Consumidor para debater a alta da inflação e a escalada dos juros no país.
Em abril, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, ficou em 1,06%. Maior índice para o mês nos últimos 26 anos. Para conter o aumento da inflação, a taxa Selic sofreu aumento consecutivos. Atualmente, o índice está em 12,75%.
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Campos Neto destacou que “subir os juros é sempre ruim”, pois acaba freando a atividade econômica, mas ressaltou que manter a inflação alta é mais prejudicial para o país em longo prazo.
Segundo o presidente do BC, o mercado entende que o aumento dos juros no Brasil está perto de chegar ao fim: “O Brasil foi o primeiro a iniciar esse movimento e a dizer que o problema de inflação era mais persistente. Muitos países ainda estão com juros reais negativos, e por isso o mercado ainda espera que os países desenvolvidos subam muito os juros nos próximos meses”, afirmou.
O presidente do BC ressaltou que o Fundo Monetário Internacional (FMI) projetou que o Produto Interno Bruto (PIB) do país deve crescer em 2022. “O Brasil é um dos únicos casos em que projeção de FMI de PIB subiu. A projeção de PIB do Brasil deve subir ainda mais, e o mercado já está entre 1,5% e 2%”, destacou.
A última projeção do BC estimava um crescimento de 1% no PIB brasileiro. “Nosso trabalho é fazer o máximo possível para inflação estar na meta, mas olhando o que consigo fazer para que o processo aconteça com o mínimo de destruição de tecido produtivo da economia”, destacou.
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