Partido que mais deve crescer nesta janela partidária na Câmara, o PL quer evitar traições à principal estrela da legenda, o presidente Jair Bolsonaro. A legenda tem adotado cautela com o ingresso de novos deputados, segundo o vice-líder Lincoln Portela (MG), para garantir fidelidade ao presidente e impedir a filiação de “oportunistas”.
“Aqueles que estão vindo estão na base do governo Bolsonaro. Mas estamos com muita cautela para não trazer parlamentares que simplesmente venham e se aproveitem do nome do Bolsonaro”, disse o vice-líder ao Congresso em Foco. “O grupo bolsonarista já teve muita experiência nisso. Está havendo filtro nesse sentido”, acrescentou.
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Hoje o PL tem 42 deputados no exercício do mandato. Lincoln Portela acredita que a bancada terá entre 60 e 65 cadeiras na Câmara até o fim da janela partidária, em 1º de abril. “Dependendo das articulações que fizermos, podemos chegar a 70”, disse ele, ressaltando que não está falando em nome do partido.
“Dos bolsonaristas do União Brasil, uns 90% devem vir para cá”, afirmou. Esse deve ser o caminho de deputados como Bia Kicis (DF), Carla Zambelli (SP), Marcelo Alvaro Antonio (MG) e Eduardo Bolsonaro (SP). Hoje com 81 deputados, o União estima ficar com 53 ao final da janela partidária, conforme adiantou ao Congresso em Foco o presidente do partido, Luciano Bivar.
Segundo o vice-líder, o crescimento da bancada, que pode superar o União Brasil como a mais numerosa da Câmara, não mudará a atuação do partido. “Não muda nada. O PL é um partido experiente, maduro, muito centrado, forjado na bigorna do bom senso. Vamos continuar assim”, afirmou.
O deputado diz que o PL não está oferecendo vantagens financeiras para atrair parlamentares. “É apenas o espaço para acompanhar Bolsonaro e os seus candidatos ao governo nos estados e ao Senado”, afirmou. A janela partidária para deputados trocarem de partido sem correr o risco de perder o mandato começa nesta quinta-feira (3) e vai até o dia 1º de abril.
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