O Ministério Público do Rio de Janeiro realizou a quebra de sigilos fiscais e bancários de ao menos sete empresas ligadas à ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle. A justiça suspeita de ocultação de verba de suposto esquema de rachadinhas no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).
O pedido para quebra de sigilos foi feito na última quarta-feira (1) e além do filho e ex-mulher do presidente, mais 25 pessoas entraram na mira da justiça fluminense. Carlos também teve o recolhimento de sigilos na investigação sobre contratação de funcionários “fantasmas” em seu gabinete.
Na lista de investigados, constam sete parentes de Ana Cristina que atuaram como assessores de Carlos Bolsonaro. Nela, estão o publicitário André Valle e a fisiculturista Andrea Valle, ambos irmãos da ex-mulher do presidente. Gilmar Marques, que foi companheiro de Andrea e é pai da filha dela. Ainda, a professora Marta Valle, cunhada da mesma. Ana é mãe de Jair Renan, o filho 04 do presidente Jair Bolsonaro.
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Cristina chefiava o gabinete do vereador entre os anos de 2001 e 2008.
Segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) as movimentações financeiras das empresas ligadas à ela levantaram a hipótese de desvio de recursos públicos oriundos do esquema da rachadinha na Câmara de Vereadores. As informações foram divulgadas pela Globo News.
A Justiça do Rio informou que o inquérito que apura a contratação de supostos funcionários fantasmas e da prática de “rachadinha” no gabinete Carlos, está em tramitação na 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Rio de Janeiro e corre em sigilo.
A apuração surge em meio as novas acusações contra o clã Bolsonaro envolvendo irregularidades no uso de verba de gabinete. Ontem (2), o ex-funcionário, Marcelo Luiz Nogueira dos Santos, que trabalhou por 14 anos para a família do presidente, acusou a ex-esposa de Jair Bolsonaro, Ana Cristina Valle, de ficar com ao menos 80% do salário dele e de outros empregados.
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