A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas que ocorreram em 8 de janeiro será instalada nesta quinta-feira (25), no Congresso Nacional. A princípio, a CPMI teria início na terça-feira, mas em função da urgência da votação do arcabouço fiscal, a CPMI que promete ser o maior palco de disputa ideológica entre o governo e a oposição foi adiada em dois dias.
A relatoria do colegiado deve ficar com o senador Otto Alencar (PSD-BA) e a presidência com deputado Arthur Maia (União-BA). Nas últimas horas, o governo do presidente Lula (PT) fez articulações diretas para indicar os nomes que faltavam para compor o colegiado. Foram indicados os senadores Veneziano Vital do Rêgo (PB) e Marcelo Castro (PI), ambos do MDB. Era exatamente sobre o partido, que detém a maior bancada do Senado, que pairavam dúvidas sobre quem iria ocupar as vagas.
Os mais cotados eram o líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM) e Renan Calheiros (AL). Ambos ficaram de fora, em uma tentativa do governo de amenizar conflitos. Ao menos 15 dos 32 parlamentares que farão parte da CPI são de partidos da base do governo. Oito vagas foram preenchidas por partidos que se classificam como independentes, entre eles o União Brasil. Outras nove, por siglas da oposição.
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A CPMI dos Atos Golpistas é o maior cabo de guerra narrativo do Congresso, uma vez que a oposição planeja utilizar a investigação para desgastar o governo ao defender que ele foi negligente e omisso diante da depredação da Praça dos Três Poderes. A oposição busca emplacar a ideia de que havia infiltrados do governo entre a multidão que vestia verde e amarelo organizando o vandalismo.
O ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, e o ajudante direto do ex-presidente, tenente-coronel Mauro Cid e membros das Forças Armadas devem ser convocados a prestar depoimento no Congresso ao longo das audiências.
Confira os nomes confirmados:
Câmara
Titulares:
André Fernandes (PL-CE), Érika Hilton (PSol-SP), Rubens Pereira Jr (PT-MA), Duarte Jr. (PSB-MA), Rodrigo Gambale (Podemos-SP), Paulo Magalhães (PSD-BA), Aluísio Mendes (Republicanos-MA), Rafael Brito (MDB/AL), Duda Salabert (PDT-MG), Delegado Ramagem (PL-RJ), Carlos Sampaio (PSDB-SP), Filipe Barros (PL-PR), Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Rogério Correia (PT-MG)
Suplentes:
Nikolas Ferreira (PL-MG), Marcos Feliciano (PL-SP), Carlos Veras (PT-PE), Maurício Marcon (Podemos-RS), Pastor Henrique Vieira (PSol-RJ), Aliel Machado (PV-PR), Gervásio (PSB-PB), Felipe Francischini (União Brasil-PR), Adriana Accorsi (PT-GO), Any Ortiz (Cidadania-RS), Josenildo (PDT-AP), Roberto Duarte (Republicanos-AC), Laura Carneiro (PSD-RJ), Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Senado
Titulares:
Eliziane Gama (PSD-MA), Fabiano Contarato (PT-ES), Otto Alencar (PSD-BA), Rogério Carvalho (PT-SE), Eduardo Girão (Novo-CE), Davi Alcolumbre (União-AP), Magno Malta (PL-ES), Ana Paula Lobato (PSB-MA), Esperidião Amin (PP-SC), Damares Alves (Republicanos-DF), Omar Aziz (PSD-AM) e Soraya Thronicke (União-MS), Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) e Marcelo Castro (MDB-PI)
Suplentes:
Angelo Coronel (PSD/BA), Randolfe Rodrigues (recém saído da Rede), Irajá (PSD/TO), Cleitinho (Republicanos-MG), Augusta Brito (PT/CE), Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Jorge Seiff (PL-SC), Luiz Carlos Heinze (PP-RS) e Zenaide Maia (PSD/RN), Fernando Dueire (MDB- PE) e Giordano (MDB- SP)
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