A CPI das apostas esportivas concluiu sua primeira reunião deliberativa na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (23) com a aprovação de sua primeira leva de requerimentos. Entre os documentos aprovados, está a convocação na condição de testemunha do empresário e policial militar Hugo Jorge Bravo, presidente do Vila Nova Futebol Clube. Ele foi o primeiro a investigar e denunciar o escândalo no Campeonato Brasileiro de Futebol, e seu depoimento servirá como ponto de partida para o andamento da comissão.
O colegiado também busca alinhar sua apuração com a que está em curso no Ministério Público do estado de Goiás (MPGO). Para isso, aprovaram tanto um convite ao promotor de justiça encarregado do caso, Fernando Cesconetto, quanto o procurador-geral do estado de Goiás, Cyro Terra Peres. Os deputados também solicitaram o acesso aos autos do inquérito policial sob posse do MPGO
Além de tratar sobre os trabalhos de investigação sobre os escândalos de acordo entre atletas e apostadores do Brasileirão, os parlamentares também se posicionaram com relação ao episódio de racismo sofrido pelo jogador brasileiro Vinícius Jr no último domingo (21) na Espanha. O primeiro documento emitido pelo colegiado foi uma moção de repúdio aos envolvidos e de solidariedade ao atleta.
Com a aprovação dos requerimentos, o colegiado avançou para a leitura do plano de trabalho. A CPI das apostas esportivas é a única consensual entre governo e oposição na Câmara dos Deputados. O tema é de especial interesse da Casa, que aguarda conclusão no Senado da votação do projeto de lei que legaliza e regulamenta os jogos de apostas no Brasil.
Além do consenso com relação ao mérito da CPI, os membros da comissão também estão alinhados com relação aos objetivos em mente: além de aprofundar a investigação sobre as manipulações em apostas, trabalhar na elaboração de legislações que regulem esse mercado, tendo como prioridade a limitação das possibilidades de resultados.
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