A bancada do Maranhão é a que tem o menor índice de frequência entre todas as estaduais na Câmara ao longo dos cem primeiros dias de mandato. Em média, os deputados maranhenses tiveram assiduidade de 85,56% no período. Os dados são do Radar do Congresso, ferramenta do Congresso em Foco para monitoramento do Legislativo.
Dos 19 deputados que exerceram o mandato pelo estado até o momento, apenas Aluisio Mendes (Republicanos) e Rubens Pereira Junior (PT) foram a todos os 39 dias em que a presença era obrigatória até a quarta-feira da semana passada (10), data de conclusão do levantamento. Os dois deputados do Maranhão que tiveram menor índice de presença registrada foram Fábio Macedo (Podemos), com 67,5% de assiduidade, e Junior Lourenço (PL), com 66,6%.
Fábio Macedo atribuiu suas 12 ausências ao fato de ser líder de partido e do bloco. Segundo o parlamentar, a “correria” o fez perder algumas sessões. Ele relatou, ainda, ter passado por problemas de saúde no período. Todas as faltas dele, no entanto, foram justificadas e, por conseguinte, abonadas. Mais faltoso no Maranhão, Junior Lourenço só justificou uma de suas 13 ausências. O deputado não retornou o contato da reportagem. O espaço segue aberto para esclarecimentos.
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Nordeste
Os deputados da região Nordeste foram os que tiveram menor índice de presença nas sessões reservadas a votação, aquelas nas quais a presença é exigida, neste começo de legislatura. Com 89,63%, a região é seguida, no ranking, pelo Sudeste (90,03%) e pelo Norte (90,42%). O Centro-Oeste (94,05%) e o Sul (93,53%) têm os melhores índices de presença.
O Congresso em Foco procurou os nove deputados nordestinos que apresentaram mais ausências em seus compromissos, mas apenas cinco deles responderam. O deputado Matheus Noronha (PL-CE), com apenas 12 presenças nas 37 sessões, afirmou que suas ausências se devem a uma cirurgia no joelho, após romper um ligamento e lesionar o menisco.
Já a assessoria de Daniel Barbosa (PP-AL), que faltou a 20 das 37 sessões, informou que o parlamentar sofreu um acidente doméstico e precisou ser submetido a uma cirurgia na mão direita. “Poucos dias após voltar ao trabalho, o procedimento cirúrgico precisou ser refeito. As ausências foram justificadas mediante apresentação de atestado médico junto à Câmara dos Deputados”, disse a sua equipe. “É importante destacar, ainda, que no final de abril, houve o nascimento prematuro do seu terceiro filho. A licença-paternidade foi protocolada, mas o parlamentar já retornou ao trabalho”, completou.
Waldenor Pereira (PT-BA), que apresenta 36,4% de taxa de presença no plenário, atribuiu suas faltas na Câmara a uma cirurgia cardíaca, que resultou em seu afastamento entre os dias 6 de março a 30 de abril. O parlamentar manteve seus eleitores informados de sua saúde através das redes sociais, nas quais publicou sobre seu procedimento cirúrgico.
A assessoria de Gustinho Ribeiro (Republicanos-CE), que faltou a 14 das 38 sessões, afirmou, por meio de nota, que o deputado se ausentou devido a “compromissos políticos inadiáveis, questões de cunho pessoal e um incidente de saúde”. “No âmbito político, Gustinho Ribeiro esteve engajado em reuniões e encontros estratégicos, visando promover e buscar soluções para questões de interesse do estado. São compromissos que, embora impeçam sua presença física na Câmara, contribuem diretamente para a efetividade de seu trabalho parlamentar”, disse a equipe. Ele é o presidente da CPI das Lojas Americanas.
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