O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado Federal, Nelsinho Trad (PSD-MS), disse ao Congresso em Foco que o mutirão de sabatinas convocado pela comissão para a próxima segunda-feira (21) deve zerar a fila de nomeados para representações diplomáticas do Brasil no exterior que aguardam o aval da Casa.
Trad confirmou 32 nomes pautados para a reunião da próxima segunda-feira. Outras duas indicações devem chegar, segundo ele. A primeira comissão do Senado a retornar às atividades após o início da pandemia em março, a CRE deve avaliar os 34 nomes em um sistema misto de votação.
Um comunicado enviado aos gabinetes dos senadores explicou o funcionamento da sessão: os embaixadores serão divididos em dois grupos com quatro embaixadores, e um grupo com três representantes.
As sabatinas começarão com a participação dos quatro senadores relatores do primeiro grupo a ser sabatinado, para as suas considerações. Em seguida, será concedida a palavra aos referidos embaixadores, para apresentação de suas exposições iniciais. Por fim, será aberta a fase sabatina pelos senadores inscritos. O procedimento será repetido com dois grupos de embaixadores seguintes. Ao final das 11 arguições, será realizada a apuração dos votos.
A pauta da votação, até esta terça-feira (15), contava com as sabatinas para representantes em países com importância estratégica para o Brasil, como Gerson Menandro Garcia de Freitas, cotado para representação no Estado de Israel; e Reinaldo José de Almeida Salgado, embaixador na Argentina. Há também nomes para países como Chile, Guiné, Suriname, Nepal, além de um representante na ICAO, órgão internacional no Canadá que regulamenta a aviação civil, e na AIEA, que regulamenta a energia atômica na Áustria.
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Os sabatinados estarão presentes preferencialmente – a exceção para participação virtual se dá àqueles que estejam em outros países. Os parlamentares poderão acompanhar a sabatina de maneira virtual, mas a votação só pode ser presencial, segundo o presidente. Para isso, haverá cabines de votação no plenário da comissão, além de um totem no corredor das comissões e um sistema de drive-thru, com duas urnas na garagem do Senado.
Trad espera que o modelo sirva de exemplo para o funcionamento de outras comissões, que também possuem nomes para sabatinar e que não operaram por conta da pandemia – como a de Infraestrutura, que tem nomes de agências reguladoras aguardando apreciação.
O senador disse que não haverá uma ordem entre os embaixadores a serem sabatinados nem uma separação lógica entre candidatos. “Não há uma separação, é por ordem da chegada”, explicou Trad. “O importante é ir todo mundo, seja no turno da manhã, da tarde ou da noite.”
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