O pré-candidato do PDT à Presidência da República, o ex-ministro Ciro Gomes, criticou, nesta quarta-feira (30), a mudança de comando na Petrobras. “Mais uma vez o presidente da República, mentindo despudoradamente ao povo brasileiro, simula que está incomodado com a política que ele é o responsável, a política de preços da Petrobras”, disse durante o seminário “Petrobras não é problema, Petrobras é solução”, promovido na sede do PDT, no Rio de Janeiro.
Além de criticar a condução do presidente Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes questionou a capacidade do novo presidente da empresa, Adriano Pires. “E o desatino que está fazendo, nomeando um novo e desqualificado quadro, cuja única tarefa, lobista que é, é preparar a Petrobras para a morte final que é a privatização”, comentou.
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Nesta segunda-feira (28), o Ministério de Minas e Energia confirmou a saída de Joaquim Silva e Luna do comando da empresa. Na ocasião, foi anunciado como novo dirigente da Petrobras o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e sócio-fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires. O general Joaquim Silva e Luna fica no cargo até o próximo mês. Ele foi confirmado no comando da Petrobras no dia 26 de abril de 2021 e sucedeu Roberto Castello Branco.
A Petrobras tem sido alvo de diversas críticas da classe política e da sociedade pelas altas frequentes nos preços dos combustíveis. A empresa alega que está seguindo o preço do petróleo no mercado internacional. O evento organizado pelo PDT contou com pesquisadores e representantes do setor de petróleo.
Ciro sugeriu que essa política de equiparação do preço internacional seja alterada e que a Petrobras invista mais em fontes de energia renováveis. “O combustível fóssil, de alto teor de carbono, está com os dias ou anos contados. O petróleo, não. O petróleo sempre será uma matéria-prima fundamental”.
Privatização e apoio para fundo de estabilização
O novo presidente da Petrobras, Adriano Pires, já defendeu publicamente, em 2021, a privatização da estatal. O futuro gestor da empresa também se mostrou a favor da criação de fundo de estabilização para evitar a volatilidade no preço do petróleo. “(O fundo) vai ajudar em duas coisas: diminuir a volatilidade, ou seja, não vai haver um repasse tão rápido para o consumidor. E pode reduzir um pouco o preço”, disse.
O Congresso Nacional discute a criação de um fundo de estabilização para a Petrobras. A matéria é alvo do projeto de lei (1.472/21) que estabelece diretrizes sobre os preços para o diesel, gasolina e gás liquefeito de petróleo.
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