O PDT oficializou na tarde deste sexta-feira (21) a pré-candidatura de Ciro Gomes, em Brasília. O lançamento do nome do ex-governador do Ceará acontece em meio a desconfianças de membros do partido sobre o peso da candidatura própria e acenos para uma aliança com partidos de esquerda.
Em discurso, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, ligou a imagem do Ciro a de um rebelde, que segundo ele, irá resgatar a esperança do Brasil.
“Ciro traz a esperança de que as coisas podem ser diferentes, de que vamos sair dessa que é a maior crise social, política, econômica e moral dos últimos tempos”, disse Lupi.
Veja o primeiro vídeo da campanha de Ciro:
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A fala de Gomes foi centrada no resgate econômico do país, críticas ao atual governo de Jair Bolsonaro e aceno a diversidade. O jingle da campanha do pedetista foi inspirado na canção de Belchior, seu conterrâneo, “sujeito de sorte”.
“Quero ajudar libertar o Brasil das garras do ódio e da mediocridade paralisante. Ajudar o Brasil a retomar seu destino e colocá-lo no centro das decisões mundiais. Quero ser o presidente da Rebeldia da Esperança.”, disse.
Em discurso, o pré-candidato falou na taxação de grandes fortunas, prometeu acabar com o teto de gastos e por fim na reforma trabalhista aprovada no governo de Michel Temer. Seu plano prevê a criação de cinco milhões de vagas nos primeiros dois anos de governo.
A campanha do pedetista é focado na “rebeldia” e pretende explorar o que, em outros momentos, foi visto como uma fragilidade: o seu temperamento explosivo, que passaria a ser interpretado agora mais como forte franqueza no trato das questões do país.
Leia a íntegra do discurso de Ciro:
As propostas de Ciro Gomes
O pedetista manteve o discurso focado na reestruturação da economia do país. Em discurso, o pré-candidato falou na taxação de grandes fortunas, prometeu acabar com o teto de gastos e por fim na reforma trabalhista aprovada no governo de Michel Temer.
A campanha é focada na “rebeldia” e pretende explorar o que, em outros momentos, foi visto como uma fragilidade: o seu temperamento explosivo, que passaria a ser interpretado agora mais como forte franqueza no trato das questões do país.
Veja o que Ciro Gomes propôs no lançamento da pré-candidatura:
- Reduzir os incentivos fiscais
- Ampliar as vagas de emprego e gerar 5 milhões de trabalhos formais em dois anos
- Por fim na política de paridade de preços internacionais na Petrobras
- Desconto de 50% no valor do gás de cozinha para famílias que recebem até três salários mínimos
- Financiamento de até 36x de smartphones às pessoas de baixa renda
- Resolver o endividamento de 60 milhões de brasileiros no Serasa e SPC
“Cedo demais” para falar em vice
Questionado sobre as possíveis conversa para quem deverá assumir uma vice-liderança em sua chapa, Ciro Gomes afirma que ainda é “cedo demais” para estipular um nome.
Segundo ele, o primeiro passo, lançar-se candidato é o que deve importar no momento. Aliados de Ciro e do PDT, trabalham para que o nome escolhido seja o de Marina Silva (Rede), ex-ministra do Meio Ambiente.
O evento contou a participação de poucas pessoas. Pelo avanço da covid-19, apenas 30 dirigentes do partido estiveram presentes na cerimônia, entre eles, o irmão de Ciro, senador Cid Gomes (PDT-CE), deputado Mário Heringer (PDT-MG), ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio e outros aliados.
O partidário, recebeu 13% dos votos nas eleições de 2018 e ficou em terceiro lugar na corrida presidencial. Hoje, as pesquisas apontam para a intenção de voto em 5%. Esta será a quarta vez que o pedetista concorrerá ao Planalto.
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