Luana Viana*
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, será convidado para falar na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). A comissão aprovou, nesta terça-feira (27), quatro requerimentos que pendem a participação de Campos Neto.
Os senadores Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), Ciro Nogueira (PP-PI), Rogerio Marinho (PL-RN) e Plínio Valério (PSDB-AM) solicitaram o retorno de Campos Neto à CAE, pois entenderam que ainda há esclarecimentos necessários a serem feitos a respeito da política monetária e da taxa Selic, taxa básica de juros.
O presidente do Banco Central esteve no colegiado no dia 25 de abril. Em sua participação, ele comentou sobre as medidas que entende como necessárias para reduzir a taxa Selic. Campos Neto defendeu a autonomia do Banco Central, respondendo aos questionamentos sobre o regime de metas, inflação nacional e internacional, taxa de juros, atividade econômica, “agenda inclusiva” e mercado de capitais.
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A manutenção da taxa de juros básica (Selic) permanecer, desde agosto de 2022 em 13,75%, tem sido o principal ponto de desavenças entre o Governo Federal e o Banco Central, o presidente Lula (PT) demonstrou a sua discordância com o valor, novamente, nesta quinta-feira (22), ao afirmar que o nível da Selic é “irracional” e que a direção do Banco Central joga contra os interesses do País.
Nesta terça-feira (27), Vanderlan Cardoso (PSD-GO), que é presidente da CAE, disse que o Copom faz acenos à redução da Selic. Randolfe Rodrigues, líder do governo no Congresso, comentou que o “Brasil está estupefato” diante da decisão do Copom, Comitê de Política Monetária, de manter a Selic em 13,75% pela sétima vez consecutiva.
“O choque com a decisão do Copom é de fácil compreensão. O Brasil passa por um claro processo de redução da inflação. O IPCA dos últimos meses tem sido reiteradamente abaixo das expectativas, e desacelerou para apenas 0,23% em maio”.
*Estagiária, sob orientação da editora Iara Lemos.
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