Uma declaração do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), levou a um atrito diplomático entre Brasil e Egito mesmo antes de o novo governo começar. O governo egípcio cancelou um compromisso oficial com o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, depois que Bolsonaro defendeu o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, e não da Palestina – tema caro a judeus e palestinos em uma região de conflito que dura mais de meio século.
A ida do chanceler ao país árabe estava prevista para a próxima quarta-feira (7), e incluiria uma série de compromissos diplomáticos entre os o dias 8 e 11 deste mês. Hoje (segunda, 5), o governo brasileiro foi informado por autoridades egípcias que uma mudança na agenda resultaria no cancelamento do encontro com Aloysio Nunes – o que, na comunidade diplomática, soa como um desconvite. O Brasil tem relações comerciais bilionárias com 22 países árabes, todos eles contrários à transferência da capital.
À parte o caráter de desfazimento de compromisso oficial, o cancelamento foi feito em cima da hora, a dois dias da agenda bilateral. Desmarcar encontros diplomáticos às vésperas é algo incomum no protocolo das relações internacionais e uma demonstração clara de descontentamento, o que pode se desdobrar em crise na política externa.
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Além da transferência da capital, Bolsonaro cogitou mudar também a embaixada brasileira de Tel Aviv, segunda maior cidade de Israel, para Jerusalém, dando-lhe o status de sede da representação do Brasil. As declarações enfureceram comunidades árabes mundo afora e já provocam prejuízo para atores envolvidos no encontro, como empresários brasileiros que já haviam desembarcado no Egito para acompanhar o ministro.
Reportagem veiculada na tarde desta segunda-feira (5) no site do jornal Folha de S.Paulo informa que, segundo relato de diplomatas, a Liga dos Países Árabes enviou nota à embaixada do Brasil no Cairo, capital do Egito, para manifestar repúdio às declarações de Bolsonaro. Além da comunidade árabe, membros do alto escalão do governo de Michel Temer (MDB) se irritaram com a postura do presidente eleito.
A revolta tem explicação de ordem não só diplomática, mas também comercial. Os países árabes são, juntos, o segundo maior grupo comprador de proteína animal produzida no Brasil. No ano passado, as exportações brasileiras para o mundo árabe somaram 13,5 milhões de dólares, em um contexto em que o superavit brasileiro foi de 7,1 bilhões de dólares.
Imbróglio chinês
Essa não é o primeiro ruído diplomático que Bolsonaro gera com suas palavras nos últimos dias. Nos últimos dias, o governo chinês também reagiu a uma declaração do deputado fluminense sobre a conduta comercial do país asiático diante do mundo.
Na linha do que tem dito o presidente norte-americano Donald Trump mesmo antes de ser eleito, em novembro de 2016, Bolsonaro classificou a China, ainda durante a campanha, como um “predador que busca dominar setores-chave da economia brasileira”. Maior parceiro comercial do Brasil, a China usou seu veículo oficial de imprensa em língua inglesa para advertir Bolsonaro.
“O custo econômico pode ser duro para a economia brasileira, que acaba de sair de sua pior recessão na história”, diz trecho de editorial chamado “Não há razão para que o ‘Trump Tropical’ revolucione as relações com a China”, publicado na semana passado pelo jornal estatal China Daily. Uma visita recente de Bolsonaro a Taiwan, república considerada como uma cidade rebelde pela China,
A advertência parece ter surtido efeito. Hoje (segunda, 5), depois de ter recebido em sua casa no Rio de Janeiro os embaixadores da China e da Itália, Bolsonaro amenizou o discurso e disse que as relações comerciais entre Brasil e China podem ser ampliadas em seu governo. Empresários chineses estão “em compasso de espera” por sinalizações de Bolsonaro antes de fechar novos negócios, declarou nesta segunda-feira o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China, Charles Tang, à agência Reuters.
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Bolsonaro se deixa levar na onda dos maledettos judeus sionistas e mete o Brasil numa confusão. O q tem ele q se meter nisso, navegando contra a onda? Ora, o Brasil tem negócios com o mundo årabe e muitas nações discordam das pretensões sionistas.
Quer saber? Bolsonaro marcará gol contra se levar avante essa idéia idiota.
..BRASIL A CIMA DE TUDO, *DEUS* A CIMA DE TODOS!!!
Em poucos dias, os rumos de um governante que se move apenas por ideologia sem prestar nenhuma atenção à realidade. Acusavam a ideologia de esquerda do Lula e Dilma? Sem exceção, Lula foi reconhecido mundialmente, por autoridades governamentais de todos os continentes e de todos os espectros políticos, porque atuava visando obter resultados positivos para o Brasil. Bolsonaro não se preocupa com resultados: só com ideologia.
Os valores de exportações brasileiras aos países árabes e do saldo comercial devem estar equivocadas. Façam a conferência e, se necessário a correção.
Diplomacia é uma coisa que passa longe do bolsonaro. somando a sua burrice que nunca escondeu.
É um despreparado, não conhece o país , Não conhece relações comerciais externas, geopolítica, nada de economia, como irá governar um país tão complexo como o Brasil?
Já se desentendeu com a China, grande parceiro comercial do Brasil, tanto em infraestrutura como em exportações. Quase metade de todo superávit comercial vem das relações com os Chineses. US$ 32 bilhões.
Países da região do Oriente Médio compra 11.6 bilhão(5,3%) de todo valor exportado pelo Brasil.
Já Israel apenas 0,4%.
O que vai ganhar se metendo nas relações dos dois países? Brasil não tem o cacife do EUA, Não pode se meter nesses conflitos, Não tem o que exportar além do que exporta. Nem pode fazer uma agenda neoliberal financeira.
Brigou com Cuba, disse que cortará relações.
O Brasil é o segundo maior exportador para Cuba, Cuba, 7.500 médicos cubanos para o programa Maus Médicos.
o Brasil é o segundo maior exportador para Cuba, Algumas das empresas brasileiras que atuam na ilha são, a Souza Cruz (fumo), a Surimpex, a JBS e a Brasil Foods (alimentos),Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), abriu um escritório em Havana, cerca de 400 empresas foram financiadas pelo governo para atuarem em solo cubano.
Brasil importa de Cuba, Produtos farmacêutico, Vacinas, Tabaco.
Enfim, A região que mais teve voto será a mais prejudicada, o sul do país, o maior exportador do Brasil. Paraná, RS e SC.
Adyneusa, sua pergunta: “O que vai ganhar se metendo nas relações dos dois países?” é a chave, eu acho… de duas uma: 1) há interesse estratégico de se aproximar de Trump que tbm é pro-israel – estratégia ruim já havíamos conquistado a posição mais difícil de vender para ambos os lados desse vespeiro histórico insolúvel, ou, 2) foi comentário no impulso, sem pensar em consequência, que piora o cenário e demonstra o quão incompetente e despreparado ele é. Qualquer uma das respostas, leva a confirmação do que vimos no período da campanha eleitoral, o quão esse cara é despreparado para assumir cadeira de líder do executivo…
Você perguntou como irá governar o país ? Ora , ele vai governar com o povo que o elegeu , e sem você , que pode icar do lado da PeTralhada que , parece , é seu lugar . As relações comerciais será resolvidas a seu temp , após assumir a Presidência . Ee tem o dreto de ter seu posicionamento e falar aquilo que pensa . se alguém não concorda , tchau . . . tchau , Egito e pra você .
Israel só existe pq foi acordado que a palestina iria se tornar um país tb.
Estamos aguardando até hj!
Jerusalém é uma cidade dividida, pois teve uma parte tomada pelos israelenses. Estes pretendem soberania sobre toda a cidade, mas os Palestinos não aceitam isso, com toda razão. Que sejam colocadas duas embaixadas em Jerusalém: a embaixada em Israel e a embaixada na Palestina, reconhecendo, assim, os dois Estados.
Pior que o analfabetismo de LULA é a burrice de BOLSONARO. O Brasil peca por incompetência, o povo deu passo errado e essa estória começa com o pé esquerdo. Já começamos a pagar caro pelas incompetencias!!!