A Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão em Salvador, Cotia (SP) e Brasília pela 45ª fase da Operação Lava Jato. A nova etapa, batizada de Operação Abate II, mira advogados acusados de participar do esquema de corrupção na Petrobras. Entre eles, o Tiago Cedraz, filho do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Aroldo Cedraz.
Os advogados são suspeitos de participar de reuniões em que foi definido o pagamento de propina pela contratação da empresa norte-americana Sargent Marine pela Petrobras. Os repasses, segundo a PF, foram feitos por meio de empresa offshore em conta mantida na Suíça.
As ações são desdobramento da Operação Abate, deflagrada na última sexta-feira (18), que resultou na prisão do ex-deputado Cândido Vaccarezza, acusado de receber US$ 500 mil por ter intermediado a contratação da empresa norte-americana pela estatal brasileira. Ex-líder dos governos Lula e Dilma, Vaccarezza foi solto ontem após se comprometer a pagar R$ 1,5 milhão em fiança.
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Ministros sob suspeita
Reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo em julho revelou que a PF encontrou indícios de que o presidente do TCU, Raimundo Carreiro, e Aroldo Cedraz faziam parte de um esquema de corrupção para favorecer a empreiteira UTC em um processo relacionado às obras da usina de Angra 3 na corte.
Segundo o Estadão, em relatório conclusivo sobre a investigação, a delegada Graziela Machado da Costa e Silva sustenta que as provas colhidas corroboram declarações de cinco delatores da Lava Jato, que mencionaram pagamento a Tiago Cedraz para que conseguisse influenciar o julgamento do caso. Para a delegado, há indícios de que o filho do ministro praticou tráfico de influência no TCU entre 2012 e 2014.
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