O presidente da CPI dos Grampos, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), disse nesta quinta-feira (7) que “o fato de receber doações de campanha não estabelece nenhuma relação de amizade” com o doador. O deputado se referia à matéria publicada hoje pelo jornal Folha de S. Paulo, que revelou o recebimento de R$ 10 mil em doações do executivo Dório Ferman, dono (oficial) do banco Opportunity, ligado ao banqueiro Daniel Dantas.
“Não recebi doação de aliados. Recebi uma colaboração para a campanha. O senhor Dório faz parte de uma comunidade judaica e como tive apoio dessa comunidade, ele contribuiu”, defendeu. Itagiba, que pertence à comunidade judaica, ressalta que na época em que recebeu o dinheiro não existia nenhuma investigação contra Dório Ferman. “A doação foi há dois anos. A doação quer apenas dizer que a pessoa acredita em meu trabalho”, disse.
Segundo a denúncia, também recebeu doação de campanha do grupo Opportunity o deputado Raul Jungmann (PPS-PE). O parlamentar recebeu R$ 4 mil. Por sua vez, Jungmann afirma que a doação ocorreu durante um jantar de apoio à sua campanha feito pelo ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga para reunir “amigos ligados a corretoras de valores e mercado financeiro”. (Renata Camargo)
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