No próximo domingo, terá início, aqui, no Distrito Federal, um dos concursos mais procurados dos últimos tempos por aqueles que desejam ingressar no serviço público como servidores da área de saúde. Refiro-me, é claro, ao concurso da Secretaria de Saúde do GDF, cujas provas começam a ser aplicadas em pleno 7 de setembro, aniversário da independência do Brasil.
Os primeiros a ser testados serão os candidatos aos cargos de nível superior, seguidos, uma semana mais tarde, dos que disputam vagas de nível médio/técnico. No dia 28 de setembro, será a vez das especialidades AOSD Anatomia Patológica e Ortopedia e Gesso, e, no dia 12 de outubro, fecham o concurso os concorrentes das especialidades AOSD Farmácia e Patologia Clínica.
Esse concurso chama a atenção pelo grande número de vagas previstas no edital e pelos bons salários que os nomeados receberão. São mais de 2,5 mil vagas imediatas e 3,8 mil no cadastro de reserva para cargos de níveis fundamental, médio/técnico e superior. A remuneração é das mais atraentes: os salários vão de R$ 1.697,25 a R$ 5.407,25, conforme o cargo. Milhares de pessoas vêm estudando pelos menos desde o mês de maio, tendo até passado boa parte da Copa do Mundo em sala de aula, enquanto a bola rolava Brasil afora.
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Agora chegou o grande momento de colocar no papel tudo o que se aprendeu nestes mais de dois meses de preparação intensiva, com aulas inclusive aos sábados e domingos. Nosso curso foi planejado de forma que o conteúdo exigido pela banca examinadora (Iades) fosse efetiva e integralmente ministrado pelos professores às turmas formadas para o concurso. Garanto que não foi fácil, para todo esse enorme contingente de candidatos, levar a preparação até o fim. Muitos ainda continuarão na maratona até outubro, como vimos pelo calendário de provas. Mas aqueles que chegaram até aqui podem se considerar os grandes favoritos para a aprovação.
Um concurso como esse sempre exige o máximo de cada um dos candidatos. Apenas aqueles que tiverem conseguido assimilar pelo menos 80% do conteúdo de cada matéria terão chance real de ficar com as vagas nas diversas especialidades ofertadas, tamanha é a concorrência para cada cargo. A preparação nas salas de aulas foi e ainda é muito intensa. E ela sugará as energias dos concorrentes até as últimas horas antes das provas. Até lá, os alunos ainda enfrentarão os aulões, programados para ajudar na fixação do conteúdo. Afinal, muitos concurseiros não dão conta de reter tanta informação se não mantiverem o ritmo de concurso, estudando até o momento final.
O que atrai os milhares de candidatos que se inscreveram nesse concurso é a possibilidade de, já no início de 2015, trabalharem para o GDF como servidores da Secretaria de Estado da Saúde. Quem decidiu participar dessa seleção sabe que a Secretaria sofre grande carência de servidores, tanto no corpo de médicos e enfermeiros, como no de especialistas de atividades como Anatomia Patológica e Ortopedia e Gesso. Ao mesmo tempo, a demanda pelos serviços públicos de saúde é crescente. Os hospitais da rede pública estão congestionados por milhares de pacientes que chegam de todas as localidades do Distrito Federal e também do entorno goiano da capital federal.
Diante desse quadro, não há outra saída para o governo distrital além de ampliar o efetivo de servidores da sua área de saúde. O GDF se verá obrigado a convocar os aprovados desse concurso o mais rapidamente possível. Os candidatos às vagas da Secretaria de Saúde contam com isso para começar a trabalhar o quanto antes na área que escolheram. O concurso oferece oportunidade de trabalho a muitos profissionais que, embora queiram muito trabalhar na área da saúde, há muito tempo não tinham a oportunidade de enfrentar um concurso público para realizar esse sonho.
Vale ressaltar que a grande maioria de servidores da Saúde ingressa na carreira seguindo sua vocação. Não é qualquer um que gosta de lidar com as situações que costumam ocorrer durante o trabalho nas unidades da rede pública de saúde. Sabe-se que há carência muito grande de leitos para atender a todos os pacientes, assim como faltam materiais, insumos e até medicamentos. São problemas de gestão muito sérios, que afetam a qualidade dos serviços e até mesmo os direitos da população. Isso não deve, no entanto, intimidar os candidatos que prestarão o concurso, pois os aprovados preencherão a necessidade talvez mais premente da área, que é a de material humano. Em outras palavras, é gente para trabalhar. Afinal, de nada adianta ter instalações e equipamentos se não houver especialistas para operá-los.
Técnico Administrativo, Higiene Dental, Laboratório (Anatomia Patológica, Histocompatibilidade e Patologia Clínica), Enfermagem, Nutrição e Radiologia. Essas funções, entre outras, exigem formação e conhecimentos que credenciam um número relativamente pequeno de pessoas para o trabalho. Por isso, a vantagem na hora da seleção será daqueles que conseguirem somar as habilidades específicas com os conhecimentos gerais exigidos pelas matérias que compõem as grades habituais dos concursos públicos, como Língua Portuguesa, Raciocínio Lógico, Atualidades e Legislação, entre outras. Isso depende de uma preparação bem feita, de muitas horas de estudo em salas de aulas e em casa, e, sobretudo, da vontade de alcançar o grande objetivo traçado pelo candidato, que é a conquista da sua vaga entre milhares de concorrentes.
A hora chegou para quem enfrentou nos últimos meses a difícil preparação para essa disputa. Agora é dar os últimos retoques, fazer a chamada “sintonia fina” de um ou outro tópico que não tenha sido bem assimilado, e partir para a prova que pode mudar a vida do concurseiro. Quem conseguir lidar com tudo isso da melhor forma, pode ter certeza, será, em breve, servidor do GDF na área de saúde, como titular de um Feliz Cargo Novo!
José Wilson Granjeiro é diretor-presidente do Gran Cursos e coordenador do Movimento pela Moralização dos Concursos – MMC.
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