Senadores que compõem a base de governo Bolsonaro na CPI da Covid sugeriram em reunião do colegiado nesta quarta-feira (30), que haja um “gabinete paralelo” na comissão. O argumento faz frente ao aconselhamento extraoficial que o presidente teria recebido de médicos, aliados e empresários, como Carlos Wizard, que depõe hoje à CPI.
“‘Gabinete paralelo’ onde seus integrantes se reúnem com seu presidente em reuniões públicos. ‘Gabinete paralelo’ onde as reuniões são transmitidas ao vivo. ‘Gabinete paralelo’, repito, tem essa CPI, com reuniões secretas para deliberações prévias”, afirmou o senador Marcos Rogério (DEM-RO), que também acusou a comissão de não ter um plano de trabalho definido.
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Em sua fala inicial, Wizard justificou a presença na CPI por acompanhar a filha grávida que está nos Estados Unidos. O empresário também declamou passagens bíblicas e negou participar do grupo de aconselhamento do presidente durante a pandemia.
“Jamais tomei conhecimento de gabinete paralelo, jamais fui convidado, abordado, convidado, para participar de qualquer gabinete paralelo”, disse o empresário em sua fala inicial. Wizard disse ainda que nunca esteve em reuniões privadas com Jair Bolsonaro.
Após sua fala, o empresário afirmou que permaneceria em silêncio durante a oitiva. Wizard obteve do Supremo Tribunal Federal (STF) habeas corpus que lhe dá direito a não responder às perguntas dos senadores.
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