O Ministério da Saúde apresentou nesta semana novas recomendações para o uso de máscaras utilizadas como proteção contra o novo coronavírus. Agora, as máscaras cirúrgicas e as do modelo N95/PFF2 – que são especializadas e, por isso, possuem um custo maior- devem ser utilizadas exclusivamente por profissionais dos serviços de saúde, que estão na linha de frente no combate à pandemia. Para os demais, passa a ser recomendada a utilização de máscaras que podem ser feitas em casa, sem a necessidade de muita elaboração – as chamadas de “caseiras”.
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O uso da máscara como uma proteção física ao vírus não exclui a necessidade de cumprir as outras recomendações do Ministério, como por exemplo, o distanciamento social, evitar aglomerações e fazer o uso do álcool em gel . “O uso das máscaras caseiras é mais uma intervenção a ser implementada junto com as demais medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde como o distanciamento social, a etiqueta respiratória e higienização das mãos visando interromper o ciclo da covid-19”, alerta o órgão em nota técnica.
Diante da dificuldade do Brasil em garantir o estoque de equipamentos de proteção individual (EPIs), utilizados para evitar a exposição ao coronavírus, a pasta encontrou nas máscaras caseiras uma alternativa para direcionar o uso dos artigos hospitalares a um grupo específico e evitar o desabastecimento do material. “Agora, é lutar com as armas que a gente tem. Não adianta a gente lamentar que a China não está produzindo. Vamos ter que criar as nossas armas, e elas serão aquelas que nós tivermos”, disse o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.
O Ministério publicou, no site oficial , na noite desta quinta-feira (2) uma cartilha para orientar a população em como produzir a própria máscara. O órgão usou como justificativa para a mudança nas recomendações sanitárias algumas pesquisas internacionais, entre elas, uma da Universidade de Cambridge (leia a pesquisa) que demonstrou que as máscaras feitas em casa “impedem a disseminação de gotículas expelidas do nariz ou da boca do usuário no ambiente”.
Veja abaixo as recomendações do Ministério:
- O uso da máscara é individual, portanto, ela não pode ser compartilhada. Cada pessoa tem que ter a própria;
- Ela deve ser usada por cerca de duas horas. Depois desse tempo, é preciso trocar. Então, o ideal é que cada pessoa tenha pelo menos duas máscaras de pano;
- A máscara serve de barreira física ao vírus. Por isso, é preciso que ela tenha pelo menos duas camadas de pano, ou seja, dupla face e que seja feita nas medidas corretas cobrindo totalmente a boca e nariz e que esteja bem ajustada ao rosto, sem deixar espaços nas laterais;
- Também é importante ter elásticos ou tiras para amarrar acima das orelhas e abaixo da nuca. Desse jeito, o pano estará sempre protegendo a boca e o nariz e não restarão espaços no rosto;
- Use a máscara sempre que precisar sair de casa. Saia sempre com pelo menos uma reserva e leve uma sacola para guardar a máscara suja, quando precisar trocar;
- Chegando em casa, lave as máscaras usadas com água sanitária. Deixe de molho por cerca de dez minutos. Após a higienização, as máscaras podem ser reutilizadas;
- Para confeccionar a máscara é necessário um tecido grosso. Alguns dos tecidos recomendados são os de algodão, tricoline e TNT.
Leia todas as orientações do Ministério da Saúde sobre como fazer máscaras caseiras
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Fica difícil confiar nos conselhos do Ministério da Saúde para ficar em casa, quando o próprio secretário João Gabbardo confessa ir correr na rua diariamente. Não é um bom exemplo!
Afinal das contas, É para o idoso ficar em casa, ou é só evitar aglomerações?
A conferência do Secretário da Saúde hoje foi uma decepção.
Ele mesmo também não está seguindo as recomendações de isolamento.
Depois disso, com essa flexibilização e a ausência do Ministro Mandetta fiquei preocupado.
Enquanto isso não sei o que fazer, tenho que ficar em casa ou posso ir caminhar se não ficar perto de ninguém? (Sou de grupo de alto risco duplo.)
E,se todo mundo vai se contaminar mesmo conforme o secretário disse, não seria mais interessante contaminar-se agora, já que no momento ainda tem respiradores e leitos na UTI?