Rubens Bueno *
“A imprensa é a vista da nação. Por ela é que a nação acompanha o que lhe passa ao perto e ao longe, enxerga o que lhe malfazem, devassa o que lhe ocultam e tramam, colhe o que lhe sonegam, ou roubam, percebe onde lhe alvejam, ou nodoam, mede o que lhe cerceiam, ou destroem, vela pelo que lhe interessa, e se acautela do que ameaça”. (Rui Barbosa)
>Senador entra com ação no STF para impedir votação do orçamento de guerra
A falta de argumentos, dados, fatos e de bom senso é um caminho perigoso que nos leva ao “achismo” e a ignorância. E a ignorância mata! Já a sabedoria e a solidariedade independem da educação formal. Têm mais relação com a formação do caráter.
Como parlamentar e democrata, reconheço o papel fundamental da imprensa brasileira, que desde o início dessa crise provocada pela pandemia do coronavírus, está na linha de frente dessa verdadeira guerra e não arreda um pé. Noite e dia jornalistas estão de prontidão para informar a sociedade de maneira correta e republicana. Há, e precisamos frisar, responsabilidade, zelo e cuidado por parte das TVs, rádios, jornais, portais e revistas, a chamada mídia estruturada.
Lamentavelmente, não é o que acontece em alguns espaços das redes sociais, que muitas vezes confundem e desinformam. Tudo em nome do interesse eleitoral de grupos que jogaram a informação no esgoto em nome do interesse próprio.
PublicidadeA população brasileira precisa estar atenta. A mídia é a nossa grande parceira para o Brasil superar a pandemia e a crise.
Ataques a jornalistas, que estão colocando em risco sua vida para nos auxiliarem neste momento, assim como os profissionais de saúde, são inadmissíveis e merecem ser rechaçados de imediato.
A democracia pressupõe uma imprensa livre e atuante. E aqueles que assim não acreditam, caminham no sentido da ditadura e do obscurantismo.
Não é isso que queremos para o Brasil. Deixem a imprensa trabalhar!
* é deputado federal e vice-presidente nacional do Cidadania.
>Câmara discute auxílio a estados; Senado, orçamento de guerra