O Ministério do Meio Ambiente voltou atrás sobre a realização da Climate Week, marcada para ocorrer em agosto na cidade de Salvador, e decidiu apoiar o evento. A nova posição foi divulgada por meio de nota nesse domingo (19), depois de o ministro Ricardo Salles ouvir os apelos do prefeito de Salvador, ACM Neto, e conversar com o ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e com o secretário-executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, Oswaldo Lucon. Salles havia anunciado o cancelamento da Semana do Clima no último dia 14, em conversa com a imprensa.
A nota afirma que o ministério “decidiu formular proposta com ênfase na Agenda de Qualidade Ambiental Urbana e no Pagamento por Serviços Ambientais, através de instrumentos financeiros que visem dar efetividade econômica às atuais e futuras ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas no Brasil, a serem discutidas e apoiadas na Climate Week, em Salvador, bem como nos eventos subsequentes até a COP25, no Chile, os quais deverão contar com a participação deste Ministério do Meio Ambiente e do Ministério das Relações Exteriores”. A agenda de qualidade ambiental urbana é o carro-chefe da gestão de Salles, que adota postura chamada de negacionista em relação ao impacto da ação humana para causar mudanças climáticas.
A confirmação representa uma vitória do prefeito do Salvador. Desde o dia 14, quando as informações sobre o cancelamento do evento se tornaram públicas, ACM Neto trabalhou para manter a Climate Week na cidade mesmo sem o apoio do governo federal. “Pedi ao secretário André Fraga para conversar com os representantes do evento na ONU e ver a possibilidade de mantê-lo em Salvador. A Prefeitura não vai medir esforços para que este evento de repercussão mundial aconteça na primeira capital do Brasil”, escreveu o prefeito da capital baiana e presidente nacional do Democratas em suas redes sociais.
O secretário de Cidade Sustentável e Inovação de Salvador, André Fraga, no entanto, comentou que a ONU dificilmente realizaria o evento em solo brasileiro sem o apoio do governo federal. “A ONU dificilmente faria o evento sem o suporte do governo federal, no mínimo sem a não objeção do governo federal, foi por isso que o prefeito entrou em campo e aí foi no diálogo dele com o ministro para encontrar um caminho”, explicou André Fraga.
Salles havia justificado o cancelamento afirmando que não fazia mais sentido realizar em Salvador um evento preparatório para a Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (Cop 25), já que o Brasil não vai mais sediar o encontro. ACM Neto discordou do ministro, argumentando que a realização da Climate Week seria “muito importante para a economia da cidade”. Ele também comentou a nova posição do Ministério do Meio Ambiente pelas redes.
Felizmente, tudo deu certo e hoje houve a confirmação. Como prefeito, estou muito feliz por ajudar a trazer mais um grande evento para a nossa cidade. Salvador está preparada para receber os dirigentes da ONU, pesquisadores e demais congressistas.
Publicidade— ACM Neto (@acmneto_) May 19, 2019
A Semana Latino-americana e Caribenha sobre Mudança do Clima está marcada para acontecer entre os dias 19 e 23 de agosto e Salvador foi escolhida como sede ainda em 2018, quando o ministro do Meio Ambiente era Edson Duarte. Edson é um dos ex-ministros que fizeram críticas públicas a Ricardo Salles, em pronunciamento conjunto em 8 de maio. A Semana do Clima é o espaço anual para que prefeituras e governos estaduais de diversos países debatam as ações envolvendo clima e sustentabilidade.
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É a marca desse governo. Fala uma coisa hoje e amanhã se arrepende. Normal!!!
Ora, esse verme fétido filhote do Toninho Malvadeza tem algum tipo de “moral” para dar algum tipo de “pitaco” em assuntos do Governo federal?, basta esse lixo tóxico ter “ignorado a língua oficial do país” colocando o evento como: climate weeck. Falta-lhe vergonha na cara e honrar o alto salário que os contribuintes lhe pagam, as mordomias, as regalias além da gorda aposentadoria. Chega de politiqueiros safados no Poder!.