A Procuradoria-Geral da República (PGR), garantiu em uma reunião nesta tarde em Brasília, que vai dar apoio institucional à continuidade dos trabalhos realizados pelas forças-tarefa da Lava Jato de Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo.
O braço paulista da operação foi encerrado na terça-feira (29), com a saída dos últimos quatro procuradores do grupo. Desde quarta-feira (30), todas as investigações estão sob responsabilidade da procuradora Viviane de Oliveira Martinez, a quem outros sete membros manifestaram “incompatibilidades insolúveis” em setembro e pediram desligamento do grupo.
Na reunião o procurador-geral, Augusto Aras, e a subprocuradora-geral Lindôra Araújo ouviram de Alessandro de Oliveira, de Curitiba; Eduardo El Hage e Almir Sanches, do Rio e Viviane Martinez, de São Paulo, como estão seus trabalhos e quais suas necessidades locais para a manutenção das investigações em andamento.
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A PGR garantiu que apoiará a força-tarefa de São Paulo com membros e assessores. O órgão também vai ampliar a assessoria técnica da força-tarefa do Rio de Janeiro.
Crise
No início de setembro, após disputas envolvendo o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e o Supremo Tribunal Federal, Deltan Dallagnol, anunciou a saída da coordenação da força-tarefa alegando questões pessoais.
Mesmo antes do acirramento do embate no CNMP, membros da operação vinham demonstrando insatisfação com Augusto Aras e a subprocurada Lindôra Araújo. O PGR chegou a elevar o tom e afirmou que mesmo com êxitos obtidos e reconhecidos pela sociedade, a operação não era “um órgão autônomo e distinto do Ministério Público Federal (MPF), mas sim uma frente de investigação que deve obedecer a todos os princípios e normas internos da instituição”.
Em junho, três procuradores deixaram o grupo da Operação Lava Jato em Brasília, devido a uma divergência da PGR com a força-tarefa no Paraná. A saída foi uma reação ao pedido de Lindôra para ter cesso a dados das forças-tarefas nos estados. A atitude foi vista dentro do órgão como uma forma de apreender o material de trabalho da Operação.
Mais cedo, lavajatistas criticaram a indicação de Kassio Nunes para o STF. Para o ex-procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, a escolha tem relação com os processos que envolvem os filhos do presidente. “A escolha de Bolsonaro objetiva ter tranquilidade familiar com as acusações de peculato dos filhos. Simplesmente isso”, escreveu.
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