A decisão do Ministério da Educação (MEC) de não renovar o contrato da TV Escola vai provocar demissões na Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp) – entidade que fazia a gestão da TV Escola – nos próximos dias. A Acerp explicou nesta quinta-feira (26) que, sem esse contrato, não pode mais manter os cerca de 200 funcionários que emprega no Rio de Janeiro e, por isso, vai readequar o seu quadro. Os funcionários já falam de uma decisão em massa e convocam um protesto para esta sexta-feira (27).
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Por meio da sua assessoria de comunicação, a Roquette Pinto explicou que a TV Escola era o seu principal contrato, mas foi cancelada no início deste mês. A decisão pegou de surpresa os funcionários da associação, que disseram que foram “despejados do MEC”. E gerou até um atrito entre o ministro Abraham Weintraub e os eleitores do presidente Jair Bolsonaro que também são seguidores de Olavo de Carvalho, já que recentemente a TV Escola exibiu uma série com o escritor que é guru da família Bolsonaro.
Nesta quinta-feira, a Acerp informou, então, que “nesse momento está sendo feito um estudo de readequação do quadro de colaboradores em função da não renovação do Contrato de Gestão por parte do MEC”. A associação ainda admitiu que esse estudo pode terminar a qualquer momento – “hoje, amanhã ou na próxima semana” -, desencadeando as primeiras demissões.
Apesar de confirmar as demissões, a Acerp afirma que ainda não tem ideia de quantas pessoas serão desligadas. Entre os radialistas do Rio de Janeiro, que fizeram uma assembleia para tratar do assunto com um dos diretores da associação nesta quinta-feira, contudo, o sentimento é de que haverá uma demissão em massa. Insatisfeita com a notícia, a categoria está até convocando um protesto para esta sexta-feira (27). A manifestação deve ocorrer na frente da sede da Associação Roquette Pinto, no Rio de Janeiro.
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