O presidente Jair Bolsonaro (PSL) brincou com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), durante a entrega de um pacote econômico ao Congresso nesta terça-feira (5), após o senador falar que o coração do presidente pertence ao Legislativo. “Não deseje a minha cadeira, ela é de kriptonita”, afirmou.
No momento da brincadeira, Alcolumbre falava sobre a biografia do militar da reserva. “O senhor tem 28 anos de parlamento e 10 meses de poder Executivo. Eu tenho certeza que seu coração é essa casa. A sua relação construída com os brasileiros ela saiu da Câmara”, disse.
Neste momento, Bolsonaro segurou o braço de Davi e, rindo, falou sobre a cadeira de criptonita.
Ao que foi respondido pelo presidente do Senado. “Não, eu tô desejando para o senhor sucesso, porque eu sei que as pessoas falam assim: quando o senhor se candidatou a presidente do Brasil, o senhor sabia também do tamanho das suas obrigações, e, agora, o senhor saiba que o senhor tem o apoio incondicional desta casa para fazer as coisas acontecerem para o povo brasileiro”, afirmou.
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Pacote econômica
A brincadeira entre os dois ocorreu durante uma cerimônia que reuniu no Congresso os presidentes da Câmara, do Senado e da República, além de ministros do governo, como o da Economia, nesta terça.
Os integrantes do governo foram entregar ao Senado um pacote econômico que tem três PECs: a emergencial, que pretende reduzir gastos obrigatórios, a do pacto federativo, que muda a distribuição de recursos entre União, estados e municípios, e a que revisa fundos públicos.
Além dessas medidas, o governo elabora um projeto de reforma do funcionalismo público que será enviado à Câmara dos Deputados.
Leia alguns dos pontos que o pacote econômico de Paulo Guedes quer implementar:
- Criação de um marco institucional por meio de um conselho fiscal, a ser formado pelos presidentes da República, do Supremo Tribunal Federal, da Câmara, do Senado, do Tribunal de Contas da União e da associação dos tribunais de contas estaduais. O conselho se reunirá a cada três meses para avaliar a situação financeira dos entes federativos;
- Redistribuição dos recursos do pré-sal, conforme proposta já aprovada pelo Congresso.
- Criação de gatilhos para permitir o equilíbrio de despesas de estados, municípios e União;
- Desvinculação do Orçamento, com a proposta de soma do gasto obrigatório com saúde e educação;
- Redução no número dos atuais 281 fundos públicos.
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