O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reiterou neste sábado (17) as críticas que tem feito sobre a criação de um novo imposto sobre transações financeiras digitais. No entanto, o deputado disse que não vai agir para represar a matéria na Casa Legislativa e vai deixá-la tramitar caso um texto seja enviado pelo governo.
“Eu não vou ficar falando sobre o novo imposto, críticas sobre que eu penso sobre isso, sobre o que a Europa está de fato discutindo, sobre o que a Austrália está discutindo, porque de fato acho que isso não colabora e vai acabar gerando divergências e conflitos desnecessários”, disse Maia durante evento promovido pela XP Investimentos.
“Se o governo encaminhar eu já dei a palavra ao governo que a matéria vai andar, não tenho dúvida nenhuma, apesar da opinião que vocês sabem que eu tenho em relação a esse imposto, mas ela vai tramitar, não vou interditar o debate e vamos ver como vai acontecer. Primeiro, vamos aguardar a decisão do ministro e do presidente se de fato eles encaminham ou não essa proposta ao Parlamento brasileiro”, completou.
Maia afirmou também que fez uma promessa de não criticar o ministro da Economia, Paulo Guedes, até o dia 1º de fevereiro de 2021, quando sai da presidência da Câmara. Os dois tem protagonizado diversos atritos desde o ano passado. O deputado do DEM do Rio de Janeiro disse neste sábado que as rusgas têm impacto negativo para o país e por isso prometeu ter uma relação mais amistosa enquanto ocupar a presidência da Casa.
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Na sexta-feira (16), Guedes também comentou sobre o imposto nos mesmos moldes da extinta CPMF e classificou como um “imposto de merda”, mas disse que ainda não foi apresentada uma alternativa melhor. A ideia é defendida pelo governo na reforma tributária.
“Temos que desonerar o custo do trabalho. Enquanto as pessoas não vierem com uma solução melhor, eu prefiro esse imposto de merda”, declarou também durante evento promovido pela XP Investimentos.
O novo imposto seria usado para compensar a desoneração da folha de pagamentos. O governo espera arrecadar R$ 120 bilhões por ano com a ideia. O tributo, em um alíquota de 0,2%, seria uma contrapartida ao fim da contribuição previdenciária patronal de 20% sobre a folha de salários.
As discussões sobre a reforma tributária no Congresso estão paralisadas e só devem voltar acontecer em dezembro, após as eleições municipais. Devido ao calendário apertado para votar as matérias desejadas pelo governo, o Planalto tenta um acordo para que os trabalhos legislativos prossigam em janeiro e que seja cancelado o recesso.
Prorrogação de auxílio emergencial
O presidente da Câmara voltou a negar que o auxílio emergencial seja prorrogado para 2021. Pela configuração atual, o benefício vai existir até dezembro deste ano.
O deputado declarou que se o governo decidir prorrogar o auxílio, ele irá “pagar com sua popularidade”. “Qualquer caminho que use atalho, parece bom, você chega mais rápido, mas o brasileiro paga a conta”, disse.
Maia também negou que o orçamento de guerra e o estado de calamidade pública sejam estendidos para o próximo ano. As duas medidas foram articuladas e aprovadas pelo Congresso para criar um orçamento paralelo de combate à pandemia sem que sejam descumpridas regras fiscais, como o teto de gastos e a regra de ouro.
“Isso eu não aceito. Todos temos responsabilidade, mas vamos nos sentar à mesa e procurar a solução possível. Vai parar a economia, vai gerar desemprego, vai gerar desigualdade. Não há hipótese de usar a PEC da Guerra, não há hipótese de estender o estado de calamidade. A PEC da Guerra foi uma bela ideia, pois construímos solução para gastos com término dessas estruturas. A PEC da Guerra não será usada no próximo ano, essa hipótese não existe. Esse jeito criativo não será aceito pela Câmara dos Deputados.”
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Sucessão na Câmara
A Reforma Tributária nos moldes que está sendo discutida não chegará a um resultado rápido.
A proposta abaixo é uma alternativa para encerrar a discussão e implantar de forma imediata sem causar qualquer perda de arrecadação e também sem alterar qualquer alíquota existente.
A verdadeira simplificação para o contribuinte é criação de um “CAMPO ÚNICO” na Nfe que na prática resolve todo o problema.
Hoje o Governo tem condições de fazer o cálculo dos impostos através do código do produto vendido ou através do código do serviço prestado.
O Governo ficando responsável pelo cálculo terá um maior controle evitando erros e zerando a sonegação.
Com isso a arrecadação aumenta sem ter aumento de impostos.
Cada Nfe transmitida para o Sefaz geraria um arquivo de retorno onde o imposto seria informado nesse “CAMPO ÚNICO”.
O governo também pode disponibilizar esse “CALCULADOR” de impostos para ser implantado nos sites e da mesma forma que ao informar o CEP o consumidor descobre o valor do frete, iria também saber o valor do imposto.
Uma vantagem que simplificaria também as vendas no ecommerce.
Outra vantagem é que o imposto poderia ser recolhido de forma imediata no ato do pagamento, quando o mesmo fosse feito via cartão de crédito, cartão de débito, boleto bancário, PIX, etc. E quando o pagamento fosse feito em dinheiro, esse imposto poderia ser recolhido no dia seguinte via boleto gerado no final do expediente.
Essa é a melhor contrapartida que o Governo terá ao criar o “CAMPO ÚNICO”.
Implantando este conceito, quem comercializa um produto ou serviço, terá apenas que informar o que está vendendo e por quanto quer vender e quem está comprando saberá exatamente quanto está pagando no produto/serviço e quanto está pagando de imposto.
Uma revolução na simplificação e sem burocracia.
Essa é a melhor maneira de simplificar e modernizar sem muita complicação, transferindo o calculo confuso para o governo fazer.
Desta forma o Governo pode manter essa quantidade de impostos flexibilizando a discussão se devem agrupar ou não, tornando o “CAMPO ÚNICO” uma solução definitiva para a simplificação. A complexidade dos cálculos poderá ser alterada da forma que o Governo quiser sem impactar na simplificação que será sempre igual e sem complicação.
Lembrando que o “CAMPO ÚNICO” pode ser implantado sem alterar nenhum valor de alíquota existente, que é o motivo principal do atraso na Reforma Tributária.
Nenhum Estado ou Município teria perda de arrecadação.
Através de um demonstrativo de cálculo dos impostos, ao arrecadar o imposto, os Bancos já transferem valor arrecadado que cabe a cada órgão de forma automática sem ter que ficar solicitando que o Governo faça o repasse.
Outra vantagem será nas Nfe de devolução, troca, conserto que já podem serem compensadas também de forma automática e instantânea.
A criação do “CAMPO ÚNICO” tira todo o peso do Estado para quem Produz, Comercializa ou Presta Serviço.
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