Em busca de encontrar recursos para o programa Renda Cidadã, substituto do Bolsa Família, o governo estuda acabar com o desconto de 20% no Imposto de Renda da Pessoa Física concedido automaticamente a contribuintes que fazem a declaração simplificada. Cerca de 17 milhões de pessoas podem ser impactadas pela mudança. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
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Segundo o repórter Bernardo Karam, em compensação, o governo acena com a manutenção das deduções médicas e de educação com o Imposto de Renda. As deduções estavam ameaçadas pela equipe econômica, desde o ano passado, sob o argumento de que elas representam elevados custos para a União e beneficiam somente a classe média, excluindo os mais pobres. A conta desses descontos é de aproximadamente R$ 20 bilhões por ano.
Com a nova proposta, o Ministério da Economia muda o tom em relação à classe média, fortemente impactada pela pandemia de coronavírus.
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A sugestão, segundo a Folha, deve ser apresentada ao presidente Jair Bolsonaro como uma possível solução ao impasse sobre o financiamento do programa social do governo. O jornal afirma que, com essa medida, o benefício mensal poderia ser ampliado de R$ 190 para R$ 230 ou R$ 240, na nova versão do Bolsa Família.
Além da mudança no IR, a equipe econômica defende que outros programas sociais sejam condensados para formar o Renda Cidadã. Segundo a Folha, na proposta da pasta, o governo deve usar a verba do desconto para financiar o programa, em paralelo, e outras despesas seriam cortadas para abrir espaço no teto de gastos.
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