A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (29), por quatro votos a 1, o reajuste da bandeira vermelha de patamar 2, de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 quilowatt/hora consumidos. O valor adicional cobrado direto na conta de luz ficou 52% mais caro e será cobrado a partir de julho, diante da crise hídrica vivida pelo país.
Na reunião da agência, o diretor-geral, André Pepitone, afirmou que a cobrança adicional deve ser feita por pelo menos cinco meses, até o início do chamado período úmido. Pepitone reforçou o cenário que levou ao acionamento da bandeira vermelha 2, cintando que o nível dos reservatórios brasileiros é o pior dos últimos 91 anos, exigindo o uso as usinas térmicas – mais caras.
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O diretor-geral lembrou que, hoje, a dependência da energia gerada pelas hidrelétricas é de 62%, contra 85% registrados na crise do apagão, em 2001. Ainda assim, afirma, a escassez exige o uso de outras fontes de energia.
Nesta segunda-feira (28), o presidente Jair Bolsonaro editou uma medida criando a Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética. O órgão irá “estabelecer medidas emergenciais para a otimização do uso dos recursos hidroenergéticos e para o enfrentamento da atual situação de escassez hídrica, a fim de garantir a continuidade e a segurança do suprimento eletroenergético no País”.
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