Empresas ligadas a políticos do diretório nacional do PSL podem ter recebido R$ 94 milhões da seguradora Líder – a gestora do seguro obrigatório DPVAT – entre 2009 e 2016. A suspeita faz parte de uma auditoria que foi realizada nas contas do DPVAT, à qual o jornal Folha de S.Paulo teve acesso.
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Reportagem publicada nesta quarta-feira (15) pela Folha revela que a auditoria apresenta conversas de WhatsApp, e-mails e recibos de pagamento que mostram a ligação entre os ex-gestores da Líder e políticos do diretório nacional do PSL, que é comandado por Luciano Bivar (PE), hoje desafeto do presidente Jair Bolsonaro.
Ainda de acordo com o jornal, entre as conexões reveladas pela auditoria estão a ligação da Líder com a Companhia Excelsior de Seguros, que é de Bivar; o escritório Rueda & Rueda, que tem como sócio o vice-presidente do PSL, Antonio Rueda; e a SaudeSeg Seguros, que tem cinco acionistas trabalhando no diretório nacional do PSL.
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“Fluxogramas financeiros traçados pela KPMG mostram a Líder transferindo, de 2009 a 2016, R$ 94 milhões para empresas do diagrama. Desse total, a SaudeSeg ficou com R$ 72 milhões, valores repassados de 2012 a 2016. Em paralelo, políticos listados no diagrama receberam, para campanhas eleitorais, R$ 330 mil em 2014 e R$ 75 mil em 2016 em doações de pessoas e empresas que têm alguma ligação com a Líder”, afirma a Folha de S.Paulo.
Bivar e outros políticos ouvidos pelo jornal garantiram, por sua vez, que mantinham um contrato estritamente profissional com a Líder. “Não tenho nenhum tipo de relacionamento com os antigos gestores da Líder, quer como empresários ou pessoas. Sou meramente signatário do convênio do DPVAT”, afirmou o presidente do PSL.
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