A apresentadora do Jornal Nacional Renata Vasconcellos reagiu a uma insinuação do candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) sobre seu salário. Em entrevista nesta noite (28), o ex-capitão insinuou que Renata recebe um salário menor do que o seu colega de bancada, William Bonner – que, na verdade, tem atribuições distintas, por acumular a função de âncora com o cargo de editor-chefe do telejornal.
Questionado sobre seu posicionamento em relação às diferenças salariais entre homens e mulheres, o candidato se referiu aos jornalistas: “Eu estou vendo aqui uma senhora e um senhor, eu não sei ao certo, mas com toda certeza há uma diferença salarial aqui. Parece que é muito maior para ele do que para a senhora. São cargos semelhantes”.
Bolsonaro, então, foi interrompido pela apresentadora, que disse: “Eu poderia até, como cidadã, fazer questionamentos sobre os seus proventos porque o senhor é um funcionário público, deputado por 27 anos, e eu, como contribuinte, ajudo a pagar o seu salário. O meu salário não diz respeito a ninguém. E eu posso garantir ao senhor, como mulher, que eu jamais aceitaria receber um salário menor de um homem que exercesse as mesmas funções e atribuições que eu”.
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Ficou com Bolsonaro, porém, a última palavra. Ele sugeriu que os salários dos apresentadores, assim como de todos os funcionários da maior TV aberta do país, são pagos com dinheiro público, sim. “Vocês vivem, em grande parte aqui, de recursos da União. São bilhões que vocês recebem da União para o sistema Globo de recursos da propaganda oficial do governo”, reagiu.
O candidato disse que seria ingerência se ele, como presidente da República, tomasse alguma atitude para reduzir a diferença salarial entre homens e mulheres que exercem a mesma função. “Se a lei não está sendo cumprida, a quem compete resolver? À Justiça e ao Ministério Público do Trabalho”, argumentou.
Em outro momento da entrevista, Bolsonaro sugeriu que a Globo descumpre a legislação trabalhista ao contratar funcionários não pela CLT, mas como pessoa jurídica. Os entrevistadores fingiram não ouvir e mudaram de assunto. “Vamos falar agora de economia”, cortou Bonner.
PublicidadeA sabatina ao Jornal Nacional foi a segunda de uma série de quatro entrevistas que o telejornal realiza com os candidatos mais bem posicionados nas pesquisas eleitorais. Ontem (27), o entrevistado foi o candidato do PDT, Ciro Gomes. Na quarta-feira é a vez do tucano Geraldo Alckmin. Quem encerra a série é a presidenciável Marina Silva (Rede).
“Roberto Marinho foi ditador?”
Como havia acontecido na GloboNews, Jair Bolsonaro, que é capitão do Exército, foi confrontado com o tema ditadura militar. E, de novo, usou o ataque como arma em seu favor, lembrando que o grupo apoiou o regime autoritário de 1964/1985.
Bonner quis ouvir a opinião do candidato sobre a declaração do seu vice, o general Hamilton Mourão, de que os militares poderiam “impor” soluções para a crise. O candidato disse que tanto ele quanto o seu vice são militares na reserva e que não querem fazer nada pela força. E acrescentou: “No meu entender, foi um alerta que ele deu”.
Bonner quis saber em que situações seria o caso de os militares imporem alguma solução. Também recordou que os historiadores não têm a menor dúvida de que o que ocorreu em 1964 foi um golpe. Eis os principais trechos do diálogo que se seguiu:
“Que solução seria essa?”, perguntou Bonner.
“Isso aconteceu em 1964…”, começou a responder o candidato.
“Nós estamos em 2021”, devolveu o apresentador, enganando-se quanto à data do ano.
(…) “Deixa os historiadores pra lá. Eu fico com Roberto Marinho. O que ele declarou no dia 7 de outubro de 1984…”
“O senhor vai repetir?”, indagou Bonner.
“Eu vou repetir aqui. Participamos da revolução democrática de 1964, identificados com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas, ameaçadas pela radicalização ideológica, distúrbios sociais, greves e corrupção generalizada. Repito a pergunta aqui: Roberto Marinho foi um ditador ou um democrata?”, referindo-se ao ex-proprietário do grupo Globo, falecido aos 99 anos em 2003.
Violência, cola na mão e seminário LGBT
Jair Bolsonaro confirmou ter dito que violência se combate com mais violência ainda. Ao falar sobre o enfrentamento a criminosos armados em comunidades, o candidato chegou a afirmar: “Como você tem que tratar essas pessoas? Você tem que atirar”.
Também foi perguntado sobre o fato de criticar a velha política e, ao mesmo tempo, estar na política há 27 anos, assim como sua família (Bolsonaro tem três filhos parlamentares). O candidato respondeu que sua crítica é direcionada a famílias de políticos envolvidos em esquemas de corrupção. Argumentou ainda que sua família nunca esteve envolvida com corrupção e que ficou fora da Lava Jato.
Na área de economia, foi mais uma vez perguntado sobre seu baixo conhecimento do tema e sua dependência do economista Paulo Guedes. Como agiria na hipótese de desentendimento. Dirigindo-se a Bonner, que é separado da também global Fátima Bernardes, comparou a situação com a de um casamento. “Estamos namorando há vários meses, vamos casar. Ninguém casa pensando em separação. Se a gente tiver de se separar lá na frente, vai fazer o quê? Arruma outro”, disse.
O candidato – que tinha uma “cola” escrita na mão esquerda com as palavras Deus, família e Brasil – respondeu questionamento dos jornalistas sobre declarações passadas, como quando disse que “vizinho gay desvaloriza o imóvel”. Negou ser homofóbico e pediu desculpas. “Foram algumas caneladas”, afirmou.
Ele admitiu ter cometido exageros verbais e os atribuiu ao contexto em que falou: a realização, em pleno Congresso Nacional, do “nono seminário LGBT infantil”. Ele tentou mostrar uma cartilha que o Ministério da Educação preparou, para distribuir nas escolas, com o objetivo de enfrentar a homofobia.
“Tirem as crianças da sala que eu vou mostrar, isso é um livro escolar, está sendo distribuído em escola pública”, prosseguiu, afirmando que se insurgiu contra uma iniciativa pública que estimularia a homossexualidade. Foi impedido pelos apresentadores de exibir páginas do livro.
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDH), logo após a entrevista, esclareceu que não houve evento “LGBT infantil” e que o seminário efetivamente realizado teve como único objetivo prevenir a discriminação contra a população LGBT. “O candidato Jair Bolsonaro afirmou que foi realizado um seminário LGBT infantil no Congresso Nacional em 2009. A afirmação é falsa. A verdade é que em maio de 2012 a Comissão de Direitos Humanos e Minorias e a Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados realizaram o IX Seminário LGBT no Congresso Nacional – Respeito à Diversidade se Aprende na Infância: Sexualidade, Papéis de Gênero e Educação na Infância e na Adolescência”, informou a CDH.
Nota do grupo Globo
Após encerrada a entrevista, William Bonner retomou o tema Globo/ditadura militar lendo a seguinte nota:
“O candidato Jair Bolsonaro disse há pouco que Roberto Marinho, identificado com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas, apoiou editorialmente o que chamava então de revolução de 1964. É fato. Não somente O Globo, mas todos os grandes jornais da época. O candidato Bolsonaro se esqueceu, porém, de dizer que em 30 de agosto de 2013 O Globo publicou editorial em que reconheceu que o apoio editorial ao golpe de 64 foi um erro. Nele, o jornal diz não ter dúvidas de que o apoio pareceu aos que dirigiam o jornal e viveram aquele momento a atitude certa, visando ao bem do país. E finalizava com estas palavras: ‘À luz da história, contudo, não há por que não reconhecer hoje, explicitamente, que o apoio foi um erro, assim como equivocadas foram outras decisões editoriais do período que decorreram desse desacerto original. A democracia é um valor absoluto e, quando em risco, ela só pode ser salva por si mesma’. Fecha aspas.”
Veja a íntegra da entrevista de Bolsonaro ao Jornal Nacional:
Só de ter assistido discussões sobre assuntos que a Rede Globo nunca transmitiria já valeu muito a pena. As máscaras estão caindo.
A GLOBO É UM LIXOOOOOO, RENATA SE DEU MAL, NA GLOBO OS VALORES DA FAMÍLIA, DA ÉTICA, DA MORAL NÃO TEM VEZ! A GLOBO E SEUS JORNALECOS ADORAM FAZER APOLOGIA DEFENDENDO CRIMINOSOS, BANDIDOS, ESQUERDOPATAS, IMORAIS…..
(kekeke!!!). Tenho dito que Bolsonaro não é o candidato ideal, mesmo porque não temos nenhum que o seja. Contudo, verdade seja dita, chego a pensar que ele seria o Presidente que o Brasil precisa. Porque? Ora, porque urge uma mudança radical, urge que o Estado se torne presente e isso só acontecerá se o Estado se impuser perante o que foge à regra. A coisa, portanto, tem que ser imposta, ou seja, o império da Lei tem que ser imposto. Não vejo em nenhum outro candidato disposição ou capacidade para isso. Vivemos fase difícil! Leis temos em excesso! O que nos falta é um Presidente que imponha o cumprimento da Lei. Os militares, e Bolsonaro em especial, inspiram os brasileiros de Bem e nos enchem de esperanças. Para terminar, digo aos integrantes deste valoroso fórum que, para meu gosto, o ideal seria um Presidente fruto da mistura de Bolsonaro com Geraldo Alkimin (kekeke!!!).
Ótimo comentário, penso igual, so poderia ter trocado o Alckmin pelo Amoedo
Cá entre nós: gosto do Amoedo. Não sei dizer bem o porquê, mas estou caindo na onda dele. Infelizmente, por se dizer tão independente, descartando coligações, não faria sucesso como gestor. Em pouco tempo, ficaria encurralado, engessado… Abrçs!
O POVO BRASILEIRO DE BEM, QUE AINDA É A MAIORIA DOS BRASILEIROS FICOU MUITO GRATO À GLOBOLIXO POR TER MOSTRADO ONTEM QUE REALMENTE É O BOLSONARO O PRÓXIMO PRESIDENTE DO BRASIL!
Mais uma derrota da Globolixo pelo Bolsonaro. Ontem na entrevista do Jornal Nacional pelo William Bonner e Renata, o Bolsonaro deu mais uma surra na Globlixo. Se você assistiu a entrevista do Ciro Gomes, você notou que o as atitudes do William Bonner e a Renata com ele foi totalmente diferente das atitudes com o Bolsonaro. Com o Bolsonaro eles só fizeram acusa-lo coisas passas que não tinham nada a ver com a sua candidatura à presidência da República. O objetivo deles era só acusa-lo para denegrir a sua imagem perante a opinião pública. Eles só não entendem que quanto mais eles procuram prejudicar o Bolsonaro mais ele cresce no apoio da população, que não se deixa mais iludir pelo jornalismo esquerdista da Globolixo. Por isso, eles querendo ou não será Bolsonaro o presidente para governar o Brasil a partir de 2019, para colocar o Brasil de novo nos rumos do desenvolvimento e crescimento econômico, que é para gerar empregos para esses milhões de desempregados que nós estamos. Perguntar qual era o projeto do Bolsonaro para a educação, saúde e saneamento básico, isso, eles não perguntaram. Por isso, Globolixo o povo brasileiro de bem que é a maioria dos brasileiros, estão grato a vocês por mais uma vez ter mostrado, sim, é o Bolsonaro que deve ser o próximo presidente do Brasil. https://uploads.disquscdn.com/images/14f6f2f981a5707da63d6cc07d12c569b72ec819d6bc0c8c21317e5068164659.jpg
Renata é apresentadora e editora-executiva do Jornal Nacional e, pelas funções, recebe cerca de R$ 200 mil, segundo a RBS. Bonner é, além de apresentador, o editor-chefe do jornal, ou seja, tem posição e funções de chefia, pelas quais recebe R$ 700 mil, segundo o site Bastidores da TV.
Não sou jornalista sou um brasileiro com opinião mas Congresso Em Foco deveria analisar friamente realmente quem entrou em confronto desde o início foi os jornalistas, vamos lá: o Bonner fez a introdução a ainda disse que bla bla bla, e no meio do testo disse que o sujeito condenado pela Moro e 3 juiz da TRF4 não poderia estar ali pq está preso isso é um confronto direto com o convidado.
E quanto ao salário desse mulher aí, todos sabem que mulher em telejornal é figura decorativa. Ela ganha muito mais do que eu, mas muuuuuuuuuuuuito menos que o Bonner.
Não gosto do Bolsonaro, acho ele um inútil, mas o que a Globo fez ontem não se chama jornalismo. É um palhaçada sem tamanho. Se brincar, acho que jogaram a eleição de presidente da república no colo desse sub-ser.
Estou de pleno acordo. Bolsonaro safou-se muito bem nessa entrevista. Os entrevistadores foram apanhados de surpresa, pois imaginavam que Bolsonaro se enrolaria todo, o que não aconteceu.
Não deu pra entender a Renata Vasconcelos. Numa pergunta ela questionou o posicionamento do deputado quanto a diferença salarial entre homens e mulheres, para, logo após, dizer que não lhe diz respeito a diferença entre salários dela e do William Bonner. Difícil responder as coisas nessas circunstâncias.
E o Messias respondeu que não cabe o presidente resolver o problema das diferenças entre salários e sim a justiça do Trabalho.
Vou lhe explicar: ela ficou constrangida em face da dura realidade, pois exercendo o mesmo papel que o parceiro, deve ganhar umas dezenas de vezes menos. Contudo, se ela reclamar, será demitida ou transferida para a sucursal de Capão das Canoas.
A sério mesmo, o Presidente quase nada pode fazer para resolver essa injustiça grave. Quem poderia resolver isso seriam as casas legislativas com a imposição da Justiça (se houvesse vontade!).
A globo tenta coloca o Roberto Marinho no caixão do esquecimento e o Bolsonaro não deixa kkk
Bolsonaro já traz de cor e salteado palavras do Roberto Marinho declarando simpatia pelo regime militar.r