Julio Secchin é a grande atração musical da cerimônia de entrega do Prêmio Congresso em Foco 2021 nesta quinta-feira, a partir das 20h30. Na ocasião serão revelados os melhores parlamentares do ano. Você acompanhará toda a transmissão pela página do Congresso em Foco e pelas nossas redes sociais. Esta será a primeira vez que o artista carioca, uma das revelações da MPB brasileira nos últimos anos, fará apresentação para um público formado, em grande parte, por políticos.

Uma novidade que ele considera estimulante. “É essencial incentivar e participar de iniciativas que valorizam a democracia brasileira. Além disso, é uma maravilha poder fazer a ponte entre o mundo político e a cultura popular”, diz Secchin. “Toda democracia deveria premiar as boas práticas públicas para aprimorar nossa noção de cidadania. E é justamente isso que fica de mais importante no Prêmio Congresso em Foco: valorizar as pessoas que lutam politicamente por um Brasil mais cidadão”, acrescenta o cantor e compositor.

Serão premiados os deputados e senadores mais bem avaliados pelo público, na votação da internet, por um júri especializado por seis representantes da sociedade civil e também por um júri formado por 25 jornalistas que cobrem o Congresso Nacional. Os congressistas disputam nas seguintes categorias: Melhores na Câmara, Melhores no Senado, além das três categorias especiais, Mulheres na Política, Defesa da Educação e Clima e Sustentabilidade.

Secchin tem uma discografia com 20 músicas de sua autoria e algumas em parceria com outros nomes da música brasileira. O cantor usa do bom humor em suas letras e explora temas universais, do cotidiano, dos relacionamentos afetivos.

Em 2019, o artista emplacou seu maior sucesso até aqui: “Jovem”. A música, que abriu uma nova fase na carreira do músico, é embalada por batidas eletrônicas e faz um passeio por vários ritmos musicais. É Secchin também quem assina a direção e a produção musical do clipe, lançado há dois anos no YouTube. De lá para cá, o vídeo já soma mais de 13 milhões de visualizações. O cantor também acumula mais de 19 milhões de acessos no Spotfy.

Nesta entrevista exclusiva para o Congresso em Foco, Julio Secchin conta que acredita na mudança política por meio da arte e que é muito engajado quando o assunto é a defesa da democracia. Confira a seguir o bate papo com o cantor.

Congresso em Foco – Como está a sua expectativa para se apresentar na cerimônia do Prêmio Congresso em Foco?

Julio Secchin – Fiquei muito feliz com o convite! É essencial incentivar e participar de iniciativas que valorizam a democracia brasileira. Além disso, é uma maravilha poder fazer a ponte entre o mundo político e a cultura popular.

Você já se apresentou para um público como esse do Prêmio Congresso em Foco?

Não, será a primeira vez!

Que importância você vê no Prêmio Congresso em Foco?

Toda democracia deveria premiar as boas práticas públicas para aprimorar nossa noção de cidadania. E é justamente isso que fica de mais importante no Prêmio Congresso em Foco: valorizar as pessoas que lutam politicamente por um Brasil mais cidadão.

Como é a sua relação com a política brasileira?

Minha relação com o universo político é com as esquerdas e com o campo progressista. Como sabemos, o Brasil é capaz de produzir grandes milagres e grandes tragédias. Infelizmente, estamos vivendo uma das maiores tragédias de nossa história. Por isso, sigo empenhado com a maioria da classe artística para combater o fascismo e trazer de volta a vida democrática para o país.

O seu público é, em grande maioria, a galera jovem. Como você vê a relação do jovem brasileiro com a política?

Eu acredito no potencial dos jovens em se politizar e participar ativamente do debate público. Aliás, os jovens de hoje me parecem muito mais esclarecidos que na minha época de colégio por exemplo. Noções sobre diretos das mulheres, indígenas e sobre a questão racial no Brasil estão em debate e foram acolhidas pela nova geração. Sou otimista.

Quando surgiu sua paixão pela música?

Surgiu quando eu era adolescente. Comecei a tocar violão, mas a vida me levou para outro caminho profissional até 2018. Eu trabalhava como diretor de video-clipes e via os artistas cantando, até que resolvi ter coragem e lançar minhas músicas.

Qual o significado do Carnaval que você traz para suas composições?

O Carnaval é tanto uma alegoria utópica, quanto um momento de provação dos sentimentos. Uma montanha-russa que pode se tornar uma catarse ou uma grande romaria. Ou seja, vivi momentos intensos no Carnaval e é daí que vieram muitas situações que viraram canções.

Você agora se dedica somente a música ou ainda mantém laços com a sua outra profissão, de diretor de vídeos?

No momento só dirijo meus próprios clipes. No futuro distante pretendo realizar um longa-metragem.

A canção intitulada “Jovem” foi um divisor de águas na sua carreira como músico? Foi inspirada em algum acontecimento pessoal?

A música é essencialmente sobre demonstrar afeto num momento inapropriado. “Fiquei doidão, liguei pra você” é uma situação que eu aposto que a maioria de nós já passou, né? E fico feliz de muitas pessoas compartilharem desse sentimento. Realmente, é meu maior sucesso até agora.

E as parcerias com Claudia Leite, Maria Luiza Jobim e Márcio Vitor, como aconteceu? Vocês já se conheciam?

Maria Luiza já uma amiga de longa data. Inclusive, foi ela uma das primeiras pessoas a me incentivar a cantar. Márcio Victor e Claudia Leitte são grandes artistas e as parcerias surgiram durante a pandemia. Tivemos um encontro virtual muito legal, mas ainda não nos conhecemos pessoalmente. Resta vencermos de vez a pandemia para marcar esse encontro!