O deputado Luis Miranda (DEM-DF) entrou com representação criminal contra o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, seu colega de partido, pelos crimes de ameaça, calúnia, denunciação caluniosa, falsa comunicação de crime e coação ilegal. O pedido de investigação foi apresentado nessa segunda-feira (12) em resposta às acusações de Onyx contra o deputado e seu irmão, o servidor Luis Ricardo Miranda, que denunciaram um esquema de corrupção no Ministério da Saúde ao presidente Jair Bolsonaro.
Em junho, Onyx disse que a Polícia Federal abriu uma investigação contra os dois irmãos por denunciação caluniosa, fraude processual e, no caso do servidor, prevaricação. O ministro afirmou, ainda, que o deputado vai “pagar” pelas suas declarações envolvendo o presidente e a importação da vacina Covaxin.
Para Luis Miranda, os crimes de Onyx foram claros. “O representado ameaçou, ostensivamente, o representante ao determinar o uso do aparato estatal (Polícia Federal) para investigá-lo, com total de desvio de finalidade e se exasperando, em seu linguajar, em ‘acionar’ o aparato da CGU para investigar seu irmão (Luis Ricardo Miranda), com a finalidade, por óbvio, de atingir o representante, isso tudo misturados com delírios messiânicos, citando a Bíblia de maneira histriônica e sem sentido”, escreveu a defesa do deputado na representação ao STF.
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Luis Miranda disse ao Congresso em Foco que tem recebido ameaças diariamente, sobretudo pelas redes sociais, e que está reunindo o conteúdo para que seus advogados avaliem que providência tomar. A Polícia Federal negou pedido feito de proteção policial ao deputado, feito pela CPI da Covid. “Meus advogados estão estudando a melhor opção ainda”, declarou o deputado.
Na mesma entrevista em que atacou Luis Miranda, Onyx também fez referência ao período em que o deputado viveu nos Estados Unidos. Ele acusou o parlamentar de “inventar mentira” e de falsificar documento. “O senhor vai pagar na Justiça tudo o que fez hoje de manhã”, disse o ministro.
Em depoimento à CPI da Covid, os irmãos Miranda confirmaram as acusações. O deputado envolveu ainda mais o presidente ao dizer que Bolsonaro citou o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), como possível beneficiário do esquema de corrupção na Saúde.
“Vão descobrir que esse R$ 1,6 bilhão não é nada”, diz Luis Miranda
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