Um e-mail com rascunhos de alterações em parecer de uma medida provisória, entregue por delatores da Odebrecht à Justiça, foi enviado do gabinete do senador Romero Jucá (MDB-RR) para executivos da empreiteira. A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu para que a mensagem seja anexada a uma das ações em que o senador e presidente do MDB é réu no Supremo Tribunal Federal (STF).
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Segundo o blog da jornalista Andréia Sadi, no G1, os e-mails foram enviados no segundo semestre de 2014 para executivos da empreiteira, quando a medida provisória 651, que interessava à empreiteira, tramitava no Congresso.
As mensagens foram enviadas por Mariângela Fialek, que era assessora do gabinete de Jucá à época. Atualmente ela é subchefe de assuntos parlamentares da Secretaria de Governo da Presidência da República, cargo que ocupa desde 2016.
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Jucá afirmou que os delatores tentam envolver seu nome em um esquema sem apresentar “nada além de e-mails trocados entre eles”. Mariângela respondeu à reportagem do G1 afirmando que “todas as instituições, empresas, sindicatos e representantes da sociedade civil apresentam suas sugestões ao senadores e lideranças por meio de e-mail à assessoria legislativa, como forma inclusive de manter a transparência e atos registrados”.
Os e-mails foram trocados entre o fim de setembro e início de outubro de 2014.
Carlos Fadiga, então presidente da Braskem – braço petroquímico da Odebrecht – enviou um e-mail a outros executivos da empreiteira dizendo que estava “tentando obter a última redação para entender se a redação de fato nos atende. Devemos ter mais informações até amanhã”.
Dois dias após o e-mail, Fadigas escreveu a Marcelo Odebrecht, afirmando que a emenda tinha sido entregue ao relator da medida na comissão especial, Newton Lima (PT-SP), e a Romero Jucá, que presidia a comissão.
Claudio Melo Filho, diretor de Relações Institucionais da Odebrecht naquela época, enviou outro e-mail afirmando que se reuniria com Jucá para discutir a MP. “A orientação veio de Jucá. Acha que ou passamos agora ou vamos perder a oportunidade”, diz a mensagem.
No dia seguinte, Jucá apresentou um parecer, incluindo uma emenda apresentada por ele para atender em parte os interesses da empreiteira. O relatório foi votado pela comissão e enviado por Mariângela a Eduardo Bezerra, e incluiu um documento que já havia sido enviado a servidores do Ministério da Fazenda com orientações sobre uma errata ao relatório.
Segundo registros oficiais do Senado, a errata só foi apresentada à comissão no dia seguinte.
Para a PGR, as mensagens apontam que Jucá atuava como articulador da Odebrecht no Congresso para que a empresa fosse beneficiada e que a atuação do senador estava ligada a uma doação de R$ 150 mil para a campanha do filho de Jucá, que concorria a vice-governador de Roraima naquele ano.
Vagabundo da pior espécie, um tremendo politiqueiro da Região Nordeste e tão safado que foi se dar bem no recém criado estado de Roraima. Veja como o patife é um verdadeiro oportunista partidário:
Partido:
MDB (1979—1980)
MDB (1980—1990)
PDS (1990—1993)
PPR (1993—1995)
PFL (1995—1999)
PSDB (1999–2003)
MDB (2003–presente)
Profissão economista
Lixo politiqueiro que deve ser enxotado de qualquer setor público.