O governo avalia o impacto financeiro da suspensão de contratos de trabalho dos setores mais atingidos pela crise do coronavírus. A proposta foi apresentada nesta quarta (18) à equipe econômica pelo deputado Ricardo Barros (PP-PR), vice-líder do governo no Congresso. “Estamos aguardando o impacto financeiro da medida”, disse Barros.
A medida poderá ser adotada para setores mais sujeitos à crise econômica, como restaurantes, bares, cinemas e empresas aéreas. A ideia, segundo o vice-líder do governo, é evitar demissões em massa e a quebradeira de empresas. Em contrapartida, pela proposta, será adiantado para os trabalhadores o pagamento do seguro-desemprego. A estimativa é que a suspensão dos contratos de trabalho alcance 6 milhões de pessoas.
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“Defendemos que o governo adote a suspensão de contratos de trabalho daqueles setores que não forem faturar nada, que vão ter de fechar por falta de movimento. O governo suspende o contrato e adianta o seguro-desemprego. Suspenso o contrato, não há demissão. Não havendo demissão, o governo paga o seguro-desemprego. Quando voltar à normalidade, o funcionário volta ao trabalho”, explicou o deputado.
“Se não houver isso, vai haver demissão em massa. O seguro-desemprego o governo terá de pagar agora ou depois mesmo”, ressaltou o vice-líder governista, que foi ministro da Saúde na gestão do presidente Michel Temer.
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Ricardo Barros lembra que o impacto do seguro-desemprego já está previsto no orçamento e é um recurso que pode ser aplicado para enfrentar a instabilidade social gerada por demissões em massa. “Hoje estimamos que isso terá um impacto de R$ 15 bilhões ou R$ 20 bilhões, mas é uma conta que tem de ser feita com o governo”, afirmou ao Congresso em Foco, enquanto se dirigia ao Ministério da Economia. O parlamentar afirmou que sua sugestão tem apoio de deputados com os quais conversou.
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