Heitor Peixoto*

Na tal foto, não é o ministro que desce do avião. É o avião que sobe nele. Qualquer um pode ver. Assustado com o movimento repentino da aeronave, que partiu para cima dele (e pelas costas), pode-se ver Lupi dando aquela murchada na barriga, aquele suspiro de quem é abruptamente surpreendido. Sim. Lupi foi vítima de um atropelamento aéreo em terra. Coisa raríssima, e, por isso mesmo, de extremo perigo.

Mas não se preocupe, caro leitor-passageiro. O incidente não se trata de mais um capítulo da crise aérea. Pode planejar tranquilo a sua viagem de fim de ano. Turbulências, você bem sabe, são coisas que acontecem. E se, por ventura, pintar alguma situação de emergência, máscaras, ministros (e máscaras de ministros) cairão automaticamente… sobre as nossas cabeças.

E já que o assunto é segurança de vôo, o que ainda não ficou claro – e que aguarda laudos técnicos para tal – é se o tal King Air é à prova de bala.

Por via das dúvidas, Carlos Lupi agora deve sair da crise em voo solo. No caso, de assento ejetável. A análise é que deu trabalho esse ministro do Trabalho, agora, candidato fortíssimo ao seguro-desemprego.

ONG é que já se viu? Ora, no Brasil-sil-sil!

*Jornalista. Siga-o no twitter: @heitor_peixoto