Fábio Góis
Presidente da CPI da Pedofilia, o senador Magno Malta (ES) é o novo alvo de investigação no Senado. Ontem (quinta, 30), a diretoria-geral da Casa determinou abertura de sindicância para apurar as circunstâncias da viagem que o senador fez aos Emirados Árabes, quando estava autorizado apenas para participar de evento de combate ao crime na Índia. Na companhia de um assessor, Magno passou quatro dias de folga em Dubai (EA), um dos principais pontos turísticos do Oriente Médio.
Segundo matéria publicada na última quarta-feira (29) pelo Correio Brasiliense, o evento do qual participaram o senador e o assessor na Índia foi realizado entre os dias 3 e 6 de dezembro. Com autorização do Senado, eles permaneceram oito dias na região. Em Dubai, informa a reportagem, ambos teriam gastado R$ 7.250 em diárias, cada um, além de R$ 4 mil em ligações de celular concedido pela Casa, sem limite de gasto.
Ao noticiar a abertura da sindicância, o jornal O Estado de S. Paulo lembrou que matéria deste site “revelou ontem que pelo menos quatro senadores usaram cotas para viagens internacionais em benefício de parentes e pessoas que não os assessoram. Entre 25 de junho de 2007 e 13 de janeiro deste ano, gabinetes dos senadores Álvaro Dias (PSDB-PR), Geraldo Mesquita (PMDB-AC), Paulo Paim (PT-RS) e Osmar Dias (PDT-PR) emitiram 19 bilhetes para Buenos Aires (Argentina) e Montevidéu (Uruguai)”.
A sindicância designada pela diretoria-geral será composta por três servidores de carreira do Senado. A comissão terá 60 dias, prorrogáveis por mais 30, para apresentar um parecer, que pode dar origem a abertura de inquérito administrativo.
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