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Segundo O Globo, na lista enviada pelo procurador estão também os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria-Geral), Aloysio Nunes (Relações Exteriores), Bruno Araújo (Cidades), Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia) e Marcos Pereira (Desenvolvimento). Conforme informações do jornal, outros dois titulares de pastas também figuram os pedidos, mas os nomes ainda não foram revelados.
Além dos nomes já divulgados e que figuram a lista de Janot, também foram citados por delatores os ministros Leonardo Picciani (Esportes), Mendonça Filho (Educação), Raul Jungmann (Defesa), Ricardo Barros (Saúde) e Roberto Freire (Cultura). Atualmente, ao menos cinco ministros de Temer já respondem a acusações criminais no Supremo Tribunal Federal (STF).
Lista de Janot
Todos os envolvidos foram citados por executivos e ex-executivos da Obebrecht nos 77 acordos de delação firmados com o Ministério Público. A previsão é a de que Fachin possa levantar o sigilo dos casos até a próxima semana.
Prevendo o tamanho do estrago com as delações, Temer já anunciou que só afastará, provisoriamente, seus ministros caso eles sejam denunciados. Se a denúncia for aceita, o que torna o investigado em réu, aí sim ocorrerá o afastamento definitivo. Ele já adiantou que não demitirá qualquer auxiliar por responder a inquérito (investigação preliminar que pode resultar na abertura de ação penal, ou seja, processo).
Conforme informações do O Globo, o ex-diretor da Odebrecht Cláudio Melo disse em depoimento aos procuradores que o atual ministro da Secretaria-Geral, Moreira Franco, “fez pedidos de dinheiro em reuniões na Secretaria de Aviação Civil, cargo que o peemedebista ocupou no governo Dilma Rousseff”. Na ocasião, Melo afirma ter transmitido o pedido ao seu “superior hierárquico Benedicto Junior, o segundo homem mais importante na Odebrecht, naquele período”.
Amigo do presidente, Moreira Franco foi alçado da secretaria-executiva do Programa de Parceria de Investimentos (PPI) para a Secretaria-Geral da Presidência, em meio ao acirramento das denúncias contra ele na Lava Jato. Entre outras coisas, o ministro é acusado de receber R$ 3 milhões em propina da Odebrecht. A promoção foi interpretada pela oposição como parte da estratégia do presidente para blindar o colega de partido. Após uma disputa judicial, o ministro Celso de Mello, do Supremo, concedeu liminar favorável à posse do peemedebista.
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