STF erra ao não comunicar
Foram tantos os fatos midiáticos na semana do fim do recesso no Legislativo e no Judiciário que vários erros crassos de comunicação do Supremo ficaram despercebidos. Na tarde do acidente aéreo que provocou a morte do ministro-relator da Lava-Jato, o silêncio do Supremo deu margens à especulações nas redes sociais, até que os canais de comunicação e jornalistas começassem a reproduzir o post do filho do ministro, Francisco Zavascki, com a confirmação do falecimento.
Na sequência, as falhas na comunicação serviram de combustível para teorias conspiratórias de abafa Lava-Jato com enredos diversos. A presidente do STF, ministra Carmen Lúcia, foi célere na homologação da delação do fim do mundo da Odebrecht, mas não viu razão para retirar o sigilo das peças explosivas. Foram muitas as interpretações na mídia, entre elas a de que sua intenção era deixar a decisão para o próximo relator.
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Se o propósito de Carmen Lúcia era garantir a continuação dos trabalhos da Operação e sinalizar consideração com o sucessor de Teori Zavascki, por que aceitar de imediato o pedido de demissão do braço-direito do ministro, o juiz-auxiliar Márcio Shiefler Pontes? Ele tinha toda a memória das delações e da Lava-Jato desde o início. Pergunta-se: não poderia ter havido uma negociação para que o juiz aguardasse mais uns dias e para que não houvesse diminuição do ritmo dos trabalhos?
Mas há mais fatos a se estranhar. O sorteio do novo relator, ministro Edson Fachin, foi uma sucessão de idas e não-vindas que aumentou a certeza na opinião pública que o método de escolha seguiu o jeitinho brasileiro. “O algoritmo acertou”, ironizou no Globo o colunista Merval Pereira, lembrando que ninguém vai acreditar que não tenha sido manipulado para dar Fachin.
O padrão utilizado no sorteio do STF é programado para equilibrar a distribuição dos processos. Fachin era o ministro mais novo, portanto tinha mais probabilidade de dar seu nome, que era o preferido dos ministros, dos procuradores em Curitiba e tido como a melhor solução.
Mas nada disso é desculpa para a falta de transparência na missão de informar a sociedade, como dita o manual de boas-práticas de comunicação pública. Tão logo seu nome era anunciado nos sites on-line e nas redes sociais, o novo relator da Lava-Jato divulgou uma nota prometendo “celeridade e transparência”, como uma forma de homenagear o “saudoso amigo e magistrado”.
O Facebook quer entrar na sua TV
Na disputa pela hegemonia da internet, as redes sociais têm lançado atualizações e novas funções com uma frequência arrebatadora, toda semana temos alguma novidade.
Após demonstrar sua capacidade de armazenar vídeos como o Youtube e fazer transmissões ao vivo, a nova aposta do Facebook é chegar até a sua TV. A empresa já conversa sobre realizar produções com maior qualidade e oferecer uma grade. Atualmente a rede social está em segundo lugar na internet, apenas atrás da Google. Com a exploração do novo suporte a empresa espera reforçar o seu crescimento financeiro.
A sacada da Ultragaz
Você já ouviu a música “Óogás”? É mais uma amostra da criatividade do brasileiro que viralizou nas redes sociais. A companhia Ultragaz vislumbrou a oportunidade e gravou vídeos de seus funcionários dançando o novo hit em suas bases em diferentes cidades do Brasil. A empresa publicou os vídeos nas redes sociais e o Brasil amou. Foram milhares de curtidas, compartilhamentos e comentários elogiando a ação da empresa. Além disso, o pessoal da comunicação da empresa está dando um show de engajamento respondendo a todos os comentários com agilidade.
Na capa da The Economist, o resumo da era Trump
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