Um barco de pesca comprado em nome da ex-primeira-dama do Brasil Marisa Letícia foi entregue em um sítio em Atibaia (SP) frequentado pelo ex-presidente Lula e que está registrado em nome de dois sócios do filho do casal, Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha. A informação é da Folha de S.Paulo, que teve acesso à nota fiscal da embarcação adquirida em setembro de 2013 por R$ 4.126.
Investigadores da Operação Lava Jato suspeitam que o sítio tenha sido reformado pela OAS, pela Odebrecht e pelo empresário José Carlos Bumlai, amigo de Lula preso em novembro acusado de participar do esquema de corrupção na Petrobras. Segundo a Folha, a assessoria do ex-presidente não retornou o contato para esclarecer a compra do barco em nome de Marisa.
O ex-presidente e sua esposa foram intimados nessa sexta-feira a depor sobre o caso do tríplex no Guarujá. O promotor Cássio Conserino, do Ministério Público de São Paulo, diz ter indícios da ocorrência de tentativa de disfarçar a identidade do verdadeiro dono do tríplex 164 A, que, segundo ele, pertence a Lula. Havendo comprovação, isso pode caracterizar crime de lavagem de dinheiro.
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Em nota divulgada ontem, Lula classificou como “infundadas e levianas” as suspeitas de que ocultou patrimônio. E reclamou que há uma tentativa de “associá-lo a supostos atos ilícitos” para “macular” sua imagem. O ex-presidente afirma que é público e notório que ele frequenta o sítio de Atibaia. Além de sócios de Lulinha, os dois proprietários são filhos de um dos fundadores do PT, Jacó Bitar.
“Desde que encerrou o segundo mandato no governo federal, em 2011, o ex-presidente Lula frequenta, em dias de descanso, um sítio de propriedade de amigos da família na cidade de Atibaia. Embora pertença à esfera pessoal e privada, este é um fato tornado público pela imprensa já há bastante tempo. A tentativa de associá-lo a supostos atos ilícitos tem o objetivo mal disfarçado de macular a imagem do ex-presidente”, informou o comunicado divulgado ontem pelo Instituto Lula.
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