Lewandowski interveio após Lindbergh ter chamado Caiado de “desqualificado” e disse que não aceitaria mais ofensas. Em seguida, Renan pediu a palavra, pela primeira vez desde o início do julgamento do impeachment. O peemedebista criticou o nível das discussões entre os senadores. Mas acabou contribuindo para o acaloramento do debate.
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“Fico muito triste porque essa sessão é, sobretudo, uma demonstração de que a burrice é infinita”, disse o peemedebista. “Já que o mundo todo está com os olhos debruçados sobre o nosso país, a ideia de que Vossa Excelência (Lewandowski), constitucionalmente, está sendo obrigado, a presidir um julgamento em um hospício”, continuou Renan.
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Antes de ser interrompido por senadores, o presidente do Senado ainda atacou as declarações de Gleisi Hoffmann de que o “Senado não tem moral para julgar a presidente Dilma”. “Como uma senadora pode fazer uma declaração dessa? Exatamente uma senadora que, há 30 dias, o Presidente do Senado Federal conseguiu no Supremo Tribunal Federal desfazer o seu indiciamento e do seu esposo” afirmou. “Mentira”, reagiu Gleisi.
“Que baixaria, Renan”, rebateu o senador Jorge Viana (PT-AC) pouco antes de Lewandowski interromper a sessão e antecipar em 45 minutos o horário de almoço dos senadores. O debate voltará às 13h.
No intervalo, à imprensa, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) sugeriu que os colegas tomassem um suco de maracujá, ou um chá de camomila para acalmar os ânimos. Lindbergh Farias (PT-RJ), por sua vez, afirmou que Renan parecia “descompensado”.
Para acelerar o andamento da sessão, Aécio informou que todos os senadores que já têm posição definida pró-impeachment vão se retirar da lista de inscritos para falar. Só aqueles que tiverem algo realmente pertinente para perguntar ou comentar poderão falar, de acordo com o acordo da bancada.