Os gastos realizados por um segurança pessoal da filha do presidente Lula, Lurian Cordeiro Lula da Silva, com o cartão corporativo – tidos como sigilosos – foram flagrados no Portal Transparência da Controladoria Geral da República (CGU).
Entre os itens da lista de compra realizada pelo segurança estão autopeças, combustível, materiais de construção, além de gastos em supermercados, livrarias e em uma casa de venda de munição. Segundo matéria da Folha de S.Paulo, um total de R$ 55 mil foi gasto entre abril e dezembro de 2007.
Para o chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI), Jorge Félix, as compras por serem consideradas sigilosas não poderiam constar do portal da CGU.
"Não deveria ter sido publicado, mas foi. É um problema administrativo", disse à Folha Félix. Apesar de contestar, Felix disse que todos os gastos serão esclarecidos após o Carnaval.
Uso do cartão
O cartão coorporativo é utilizado por servidores públicos federais para "pequenas despesas eventuais" e foi criado em agosto de 2001 no governo Fernando Henrique Cardoso. Esse tipo despesa é chamado de suprimento de fundos. Atualmente, há duas formas para usar o suprimento, por meio dos cartões de crédito e utilizando-se cheques.
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No ano passado, os gastos com os cheques representaram R$ 99 milhões. Já as despesas com cartões chegou a R$ 78 milhões. Ou seja, o total disponível para gastos com pequenas despesas foi de R$ 177 milhões. Segundo o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, o novo decreto, que deve ser publicado depois do Carnaval, irá extinguir a utilização dos cheques. “O uso do cartão é mais transparente, podemos dar visibilidade total”, assegurou. (Erich Decat)
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