Presidente do PTB e pai de Cristiane Brasil, o ex-deputado Roberto Jefferson se manifestou no início da tarde desta terça (30), em sua conta no Twitter, sobre o vídeo em que a filha aparece em um barco, ao lado de amigos seminus, defendendo-se das condenações trabalhistas que adiam sua posse na pasta há quase um mês. Apesar de ter dito que o vídeo sofreu “deturpações”, Jefferson afirmou que “uma figura pública deve se portar como uma figura pública, e usar ferramentas como Facebook e Instagram apenas em caráter institucional”. Além do puxão de orelha virtual, o ex-deputado condenado no mensalão também criticou o tom “machista” das críticas à filha, que estava cercada de quatro amigos sem camisa no vídeo. “Aliás, como tem troglodita nas redes, hein? Menos moralismo e menos machismo, por favor”, escreveu o petebista.
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“Sobre o vídeo, a repercussão fala por si. Também teve muita deturpação. Eram famílias no barco, havia crianças passeando. Dito isso, penso que uma figura pública deve se portar como uma figura pública, e usar ferramentas como Facebook e Instagram apenas em caráter institucional”, escreveu Roberto Jefferson.
No vídeo, Cristiane declara que não achava que devia algo aos dois ex-motoristas que a processaram na Justiça trabalhista. “Eu quero falar para vocês uma coisa, todo mundo tem direito de pedir qualquer coisa na Justiça. Todo mundo pode pedir qualquer coisa abstrata. O negócio é o seguinte: quem é que tem direito? Ainda mais na Justiça do Trabalho. Eu juro para vocês que eu não achava que eu tinha nada para dever para essas duas pessoas que entraram contra mim. E eu vou provar isso em breve”, diz a deputada. A petebista foi condenada em um dos processos e teve de fazer acordo com outro ex-funcionário para escapar da condenação. Em ambos os casos, ela deixou de assinar a carteira dos empregados que chegavam a trabalhar até 15 horas por dia.
A deputada foi anunciada pelo governo como nova ministra do Trabalho em 3 de janeiro. No entanto, em 8 de janeiro ela teve a posse suspensa por decisão liminar emitida pelo juiz federal Leonardo da Costa Couceiro, da 4ª Vara Federal de Niterói (RJ). O caso teve várias negativas na Justiça de primeira instância. A posse continua suspensa após decisão da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) nas primeiras horas do dia 22 de janeiro.
Em nota, Cristiane disse que “a gravação e a divulgação do vídeo foram uma manifestação espontânea de um amigo, utilizada fora do contexto”. “A deputada reitera ainda o seu respeito à Justiça do Trabalho e à prerrogativa do trabalhador reivindicar seus direitos”, diz trecho do texto divulgado por sua assessoria.
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