O reitor da Universidade de Brasília (UnB), Thimoty Mulholland, afastou a possibilidade de renunciar ao cargo. Durante coletiva à imprensa, realizada hoje (8), disse que a pressão dos estudantes, acampados há seis dias no prédio da reitoria, não vai movê-lo da função que conquistou “na forma da lei”.
O reitor afirmou que vai “à exaustão, até que as forças dos estudantes se esgotem". A declaração do reitor irritou ainda mais os manifestantes. “O movimento está disposto, resistente para permanecer até que as pautas sejam atendidas. Queremos Timothy, vice-reitor e companhia fora daqui”, disse ao Congresso em Foco a estudante de História Catharina Lincoln, que não sai da reitoria desde o início da ocupação.
Em outro momento da coletiva, Thimothy declarou que o movimento dos estudantes é uma reação às políticas afirmativas, como cotas para negros e estudantes de baixa renda. “Trabalhamos com a diversidade brasileira, mas essas políticas muitas vezes não são compreendidas e não agradam. Há uma reação a isso”, disse.
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“Não somos contra as políticas de afirmação, mas as políticas de sucateamento”, rebateu Catharina. Hoje uma assembléia reuniu mais de 1,5 mil alunos da UnB, aproximadamente 5% dos cerca de 28 mil alunos da graduação e da pós-graduação da universidade. Os estudantes decidiram continuar a ocupação em todo o prédio da reitoria. Thimothy não descartou a possibilidade de acionar a Polícia Federal para pôr fim à ocupação. (Sofia Fernandes)
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