O líder do PT na Câmara, Henrique Fontana (RS), disse que seu partido ficou indiferente ao fato de o PSDB ter escolhido hoje o governador Geraldo Alckmin, em vez do prefeito José Serra, para disputar a presidência da República. Segundo o deputado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve tentar a reeleição, está preparado para enfrentar qualquer adversário. “Ao PT não cabe escolher adversário, apenas vencê-lo”, afirmou.
Na opinião do parlamentar, o ideal seria se o PSDB tivesse escolhido o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para a disputa. “Depois de oito anos de governo tucano comandado por ele e quatro anos de governo Lula, a população teria agora a real chance de avaliar quem fez melhor e mais pelo país”, declarou.
Para colocar mais lenha no já aquecido processo de sucessão presidencial, o líder petista lançou um desafio ao candidato tucano. “O governador Geraldo Alckmin fez duras críticas ao programa Bolsa Família. Ele pretende acabar com o programa? Esta é a primeira pergunta que ele tem que responder em um debate”, disparou Fontana.
A estratégia para vencer o candidato do PSDB, segundo o deputado, será vincular a imagem de Alckmin às privatizações feitas durante o governo FHC. “Vamos lembrar que o PSDB foi o governo das privatizações e vamos vincular a imagem de Alckmin com o risco da volta das privatizações. Ele pode querer agora privatizar o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal. Afinal, as privatizações são a marca registrada dos tucanos”, disse.
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Para Fontana, os tucanos saem enfraquecidos da disputa entre Serra e Alckmin. Segundo o líder, os dois pré-candidatos expuseram uma divisão interna que pode atrapalhar a campanha à presidência. “Expôs para a opinião pública a fissura existente no partido.”
Ligeira vantagem
PublicidadeO vice-líder do PT na Câmara, deputado Luciano Zica (SP), disse que Alckmin chega à disputa com ligeira vantagem sobre Serra e Lula. Na avaliação do deputado, um governador sofre menos cobranças da sociedade do que um prefeito ou um presidente da República.
“A população não cobra do governador. Ela cobra tudo, saúde, educação, segurança do prefeito. Ela cobra tudo isto e mais a política macroeconômica do presidente da República. A situação de Alckmin é mais confortável nesta eleição”, afirmou Zica.
Para o presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), o candidato tucano vai fazer uma campanha muito digna. “Alckmin é um homem de bem e certamente vai fazer uma campanha muito digna. É isso que espera o PMDB, que vai ter candidato próprio para a disputa com Alckmin”, afirmou.
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