O PT decidiu apoiar o deputado André Figueiredo (PDT-CE) para a presidência da Câmara em reunião na tarde desta terça-feira (31). A decisão da bancada atende expectativas da militância do partido, que pressionou os parlamentares a rejeitarem os nomes que apoiaram o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, como Rodrigo Maia (DEM-RJ), Jovair Arantes (PTB-GO) ou Rogério Rosso (PSD-DF).
Entre as articulações, PT e PDT devem formar um bloco parlamentar com Rede e PCdoB para tentar uma melhor performance nas eleições internas da próxima quinta-feira, dia 2 de fevereiro.
Os parlamentares petistas ainda estão reunidos para formalizar o apoio a André Figueiredo ainda nesta terça-feira (31). Com este bloco, mesmo que o PT perca as eleições, a legenda terá direito a uma vaga de titular na Mesa Diretora e deve ficar com a 4ª Secretaria da Casa.
Há duas semanas, o diretório nacional do PCdoB havia recomendado voto em Rodrigo Maia. Agora, com a possibilidade da formação de bloco entre PT e PDT, o partido comunista está dividido. O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) já declarou voto em Maia. No entanto, outros deputados do partido querem formar o bloco com a nova oposição.
O bloco oposicionista poderá crescer com o a adesão do PSOL. Mas o líder dos socialistas na Câmara, Ivan Valente (SP), se recusa a aceitar a aliança caso o PCdoB participe. “O PCdoB apoia Rodrigo Maia e não aceitamos formar bloco assim”, disse Valente. O PSOL pretende lançar Luiza Erundina (PSOL-SP) à presidência da Câmara.
Outras articulações
Na votação da bancada do PMDB, a disputa entre Lúcio Vieira Lima (BA) e José Priante (PA) pela 1ª vice-presidência da Câmara terminou em empate, os dois tiveram 28 votos. A bancada do PMDB está fazendo reunião secreta com os deputados para decidir qual dos dois será candidato a 1ª vice.
PSDB no Senado
Um acordo fechado entre PSDB e PMDB, em torno da candidatura de Eunício Oliveira (PMDB-CE), destina a vice-presidência do Senado aos tucanos que indicaram o líder do partido peessedebista na Casa, Cassio Cunha Lima (PB), para o posto. O senador responde a processo no STF por crime eleitoral e pode virar réu a qualquer momento.
Ainda pelo acordo, o PSDB poderá indicar o senador Tasso Jereissati (CE) para presidir a Comissão de Assuntos Econômicos, uma das mais importantes do Senado. Nesta acomodação política, o senador Paulo Bauer (PSDB-SC) será o líder da bancada nos próximos dois anos.
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