Mário Coelho
Deputados e senadores do Psol apresentaram na manhã desta quarta-feira (18) uma representação por quebra de decoro parlamentar contra Jair Bolsonaro (PP-RJ) no Conselho de Ética da Câmara. Eles querem que o deputado fluminense seja investigado pela a briga com a senadora Marinor Brito (Psol-PA), ocorrida na semana passada. Após sessão da Comissão de Direitos Humanos do Senado, Bolsonaro e Marinor trocaram insultos por causa da retirada de pauta o projeto de lei que torna crime a discriminação de homossexuais.
Para o partido, Bolsonaro ?ofendeu moralmente? Marinor. A confusão começou quando o deputado se postou atrás da senadora Marta Suplicy (PT-SP) com um panfleto que qualifica o Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGTB (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) como uma proposta do governo para ?transformar? jovens estudantes em homossexuais. A petista dava entrevista a jornalistas explicando o motivo da retirada de pauta do projeto que criminaliza a homofobia.
Marinor tentou retirar um panfleto semelhante das mãos de um manifestante evangélico e acusou Bolsonaro. ?Tu és homofóbico. Tu deverias ir pra cadeia! Tira isso daqui. Isso está sendo feito com dinheiro público. Homofóbico, criminoso, criminoso, tira isso daqui, respeita!?, disse a senadora ao deputado. ?Bata no meu [panfleto]?, desafiou o parlamentar fluminense. ?Eu bato. Vai me bater? Depois dizem que não tem homofóbico aqui?, reagiu a senadora, chamada de ?heterofóbica? pelo deputado.
Além disso ? diz a representação ?, o deputado tem propagado o preconceito e a violência contra a comunidade LGBT, em seus pronunciamentos e entrevistas. Na sexta-feira (13), Marinor protocolou na Procuradoria Parlamentar do Senado representação contra Bolsonaro por quebra de decoro parlamentar. A representação foi apresentada ao senador Demóstenes Torres (DEM-GO), procurador da Casa. Na ação, Marinor argumenta que Bolsonaro foi desrespeitoso e a ofendeu em sua feminilidade.
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